Frutas nativas em cervejas artesanais: Uma análise multifacetada
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023003, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5005 2
RESUMO: A utilização de frutas nativas em formulações de cervejas artesanais no Brasil
apresenta, por um lado, a oportunidade de desenvolver um mercado para essas espécies, o que
pode contribuir significativamente para a Segurança Alimentar e Nutricional do país. Por outro
lado, é importante considerar que essa prática pode consolidar um nicho elitizado para esses
produtos. Nesse contexto, o presente artigo visa discutir o uso de frutas nativas em cervejas
artesanais no Brasil, analisando os desafios e oportunidades no processo. Para isso, realizou-se
uma pesquisa documental de cervejas com frutas nativas brasileiras em catálogo on-line
especializado. A partir dos dados, analisaram-se os desafios e oportunidades da inserção dessas
frutas. A pesquisa revelou um número expressivo de cervejas artesanais, totalizando 231
(n=100%), caracterizadas por uma diversidade de frutas nativas incorporadas, abrangendo 34
espécies brasileiras distintas. As frutas mais encontradas foram a goiaba (Psidium guajava)
(17,3 %), maracujá (Passiflora alata; P. cincinnata; P. edulis; P. setácea) (10,8 %), amora
(Rubus brasiliensis) (8,7 %), cajá (Spondias monbim) (7,6 %), caju (Anacardium occidentale)
(6,9 %), jabuticaba (Plinia cauliflora) (6,5 %) e pitanga (Eugenia uniflora) (5,8 %). Considera-
se que a incorporação dessas frutas em cervejarias artesanais estimula sua produção e
comercialização. As cervejas artesanais fazem parte de mercados locais nos quais a colaboração
com os agricultores desempenha um papel fundamental. Compreende-se que as cervejarias
artesanais têm o potencial de contribuir para o fortalecimento e a valorização das frutas nativas
no Brasil, especialmente por meio da promoção dessas espécies.
PALAVRAS-CHAVE: Gastronomia. Segurança Alimentar. Biodiversidade.
RESUMEN: La utilización de frutas nativas en formulaciones de cervezas artesanales en
Brasil, por un lado, crea un mercado para estas especies, pudiendo representar contribuciones
importantes para la Seguridad Alimentaria y Nutricional del país. Por otro lado, puede
respaldar un nicho de elite para estos productos. En este contexto, el presente artículo tiene
como objetivo discutir el uso de frutas nativas en cervezas artesanales en Brasil, analizando
los desafíos y oportunidades en el proceso. Para ello, se llevó a cabo una investigación
documental de cervezas con frutas nativas brasileñas en un catálogo en línea especializado. A
partir de los datos, se analizaron los desafíos y oportunidades de la inserción de estas frutas.
La investigación reveló un número significativo de cervezas artesanales 231 (n=100%) con
diversidad de frutas nativas insertadas, incluyendo 34 especies brasileñas. Las frutas más
encontradas fueron la goiaba (Psidium guajava) (17,3%), maracuyá (Passiflora alata; P.
cincinnata; P. edulis; P. setácea) (10,8%), amora (Rubus brasiliensis) (8,7%), cajá (Spondias
monbim) (7,6%), caju (Anacardium occidentale) (6,9%), jabuticaba (Plinia cauliflora) (6,5%)
y pitanga (Eugenia uniflora) (5,8%). Se considera que la utilización de estas frutas en
cervecerías artesanales incentiva su producción y comercialización. Las cervezas artesanales
forman parte de mercados de proximidad en los cuales la colaboración con los agricultores es
fundamental. Se entiende que las cervecerías artesanales pueden colaborar para el
fortalecimiento y la valorización de las frutas nativas en Brasil, principalmente mediante la
promoción de las especies.
PALABRAS CLAVE: Gastronomía. Seguridad Alimentaria. Biodiversidad.