Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 1
ALIMENTAÇÃO FUNCIONAL: PREVENÇÃO E IMPACTOS NA SAÚDE DA
PESSOA E A RELAÇÃO COM A DOENÇA DO ALZHEIMER
LA ALIMENTACIÓN FUNCIONAL: PREVENCIÓN E IMPACTOS EN LA SALUD DE
LA PERSONA Y SU RELACIÓN CON LA ENFERMEDAD DE ALZHEIMER
FUNCTIONAL FOODS: PREVENTION AND HEALTH IMPACTS IN INDIVIDUALS
AND ITS RELATIONSHIP WITH ALZHEIMER'S DISEASE
Maria Luiza MARIANO1
e-mail: luiza.mariano@unesp.br
Nur El Hoda Ayoub TAHA2
e-mail: nutri_nurtaha@outlook.com
Como referenciar este artigo:
MARIANO, M. L.; TAHA, N. E. H. A. Alimentação Funcional:
Prevenção e impactos na saúde da pessoa e a relação com a
doença do Alzheimer. Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00,
e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262. DOI:
https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006
| Submetido em: 25/04/2023
| Revisões requeridas em: 11/06/2023
| Aprovado em: 09/07/2023
| Publicado em: 11/09/2023
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araraquara SP Brasil. Doutoranda no Programa de s-Graduação
em Educação Escolar.
2
Faculdade Anhanguera de Bauru (FAB), Bauru SP Brasil. Graduada em Nutrição.
Alimentação Funcional: Prevenção e impactos na saúde da pessoa e a relação com a doença do Alzheimer
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 2
RESUMO: O cenário brasileiro tem evidenciado um aumento significativo nos casos de doenças
crônicas não transmissíveis, como obesidade, hipertensão, osteoporose, diabete mellitus, câncer e
condições que afetam a perda de memória, como a doença de Alzheimer. O objetivo deste estudo é
analisar e discutir a relevância da alimentação funcional e de seus componentes nutricionais no
contexto da saúde individual e na relação com a doença de Alzheimer. A metodologia adotada
incluiu uma pesquisa bibliográfica qualitativa e descritiva, baseada em fontes como livros, sites e
artigos científicos, com um recorte temporal que abrange os últimos quinze anos de pesquisas sobre
o tema. As discussões decorrentes dos resultados indicam que os alimentos funcionais, que incluem
o ômega 3, têm demonstrado contribuir para a manutenção do funcionamento cerebral, promovendo
melhorias na memória e nos aspectos cognitivos. É importante ressaltar que a pesquisa nessa área
é contínua e necessária, especialmente no que se refere ao estudo do cérebro humano, dado seu
caráter complexo.
PALAVRAS-CHAVE: Alimentos Funcionais. Alimentos Nutricionais. Saúde Física e Mental.
Doença do Alzheimer.
RESUMEN: El escenario brasileño ha mostrado un aumento significativo de los casos de
enfermedades crónicas no transmisibles, como la obesidad, la hipertensión, la osteoporosis, la
diabetes mellitus, el cáncer y las condiciones que afectan a la pérdida de memoria, como la
enfermedad de Alzheimer. El objetivo de este estudio es analizar y discutir la relevancia de los
alimentos funcionales y sus componentes nutricionales en el contexto de la salud individual y en
relación con la enfermedad de Alzheimer. La metodología adoptada incluyó una investigación
bibliográfica cualitativa y descriptiva, basada en fuentes como libros, sitios web y artículos
científicos, con un marco temporal que abarca los últimos quince años de investigación sobre el
tema. Las discusiones derivadas de los resultados indican que los alimentos funcionales,
incluyendo los omega 3, han demostrado contribuir al mantenimiento de la función cerebral,
promoviendo mejoras en la memoria y en aspectos cognitivos. Es importante destacar que la
investigación en este ámbito es continua y necesaria, especialmente en lo que se refiere al estudio
del cerebro humano, dada su naturaleza compleja.
PALABRAS CLAVE: Alimentos Funcionales. Alimentos Nutritivos. Salud Física y Mental.
Enfermedad de Alzheimer.
ABSTRACT: The Brazilian scenario has shown a significant increase in the cases of non-
communicable chronic diseases, such as obesity, hypertension, osteoporosis, diabetes mellitus,
cancer, and conditions affecting memory loss, such as Alzheimer's disease. This study aims to
analyze and discuss the relevance of functional foods and their nutritional components in individual
health and their relationship with Alzheimer's disease. The methodology adopted included a
qualitative and descriptive literature review based on sources such as books, websites, and
scientific articles, with a time frame covering the last fifteen years of research. The discussions
arising from the results indicate that functional foods, including omega-3, have been shown to
contribute to the maintenance of brain function, promoting improvements in memory and cognitive
aspects. It is important to emphasize that research in this area is ongoing and necessary, especially
concerning studying the human brain, given its complex nature.
KEYWORDS: Functional Foods. Nutritional Foods. Physical and Mental Health. Alzheimer's
Disease.
Maria Luiza MARIANO e Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 3
Introdução
A alimentação funcional é um tema amplamente discutido e debatido no âmbito dos
profissionais da saúde, bem como por aqueles que buscam uma abordagem mais saudável e
equilibrada para seu bem-estar. No entanto, ainda está em fase de análise e investigação pela
ciência dos alimentos. Para uma melhor compreensão, os alimentos funcionais são definidos
como nutrientes, alimentos ou ingredientes que podem contribuir para a promoção da saúde,
reduzindo os riscos de doenças crônicas ou degenerativas que afetam nosso organismo. Além
disso, uma alimentação natural e saudável oferece diversos benefícios. Por outro lado, o estilo
de vida agitado dos tempos atuais tem levado muitas pessoas a optarem por alimentos de
preparo instantâneo, como o “fast food” ou comida rápida. Essas escolhas alimentares têm
contribuído para o aumento das estatísticas de obesidade e para o surgimento de sintomas de
doenças metabólicas. Isso ocorre devido à falta de uma alimentação nutritiva e saudável, bem
como ao sedentarismo, que são características marcantes da vida moderna e que se associam a
níveis elevados de estresse.
Os alimentos funcionais são aqueles que contêm componentes bioativos capazes de
exercer modulações na fisiologia do corpo, contribuindo para a manutenção da saúde física e
mental. Atualmente, a nutrição desempenha um papel crucial não apenas na elaboração de
dietas equilibradas, mas também na maximização da alimentação nutricional saudável, atuando
na prevenção de doenças e na promoção da saúde. É importante ressaltar que os alimentos
funcionais não devem ser considerados substitutos de medicamentos, mas suas funções
nutricionais fundamentais são benéficas para a saúde das pessoas. Eles desempenham um papel
importante na prevenção e redução do risco de várias doenças. Portanto, além de orientar de
forma acadêmica e prática os profissionais nutricionistas, é essencial que se compreenda que a
reeducação alimentar, com foco na prevenção, pode contribuir para evitar impactos na saúde
física e mental. O uso equilibrado de alimentos funcionais pode ser uma estratégia valiosa nesse
processo, destacando a importância desses alimentos para a saúde e seu papel no cotidiano das
pessoas.
Os efeitos dos alimentos funcionais têm sido objeto de estudo, sendo apontados como
tendo resultados satisfatórios diretamente em diversas patologias, como a hipertensão, câncer,
diabete, doenças ósseas, mal de Alzheimer, condições cardiovasculares, inflamatórias,
gastrointestinais e intestinais. Isso ocorre não apenas com base em padrões físicos individuais,
mas também considerando padrões mentais, transcendo assim a mera atividade visceral do
Alimentação Funcional: Prevenção e impactos na saúde da pessoa e a relação com a doença do Alzheimer
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 4
organismo. Existem diversos fatores que podem prejudicar a qualidade de vida e a saúde como
um todo, e a conscientização acerca da importância dos alimentos saudáveis figura como um
dos primeiros passos para promover uma boa saúde. Dessa forma, o problema de pesquisa
abordado neste estudo consiste em investigar se a adoção da alimentação funcional oferece e
contribui para a promoção da saúde, resultando em melhorias significativas na saúde geral da
pessoa. Até que ponto o conhecimento e a prática da alimentação funcional garantem o seu
bem-estar físico e mental, e qual a relação disso com a doença de Alzheimer?
O objetivo geral desta pesquisa consiste em estudar e discutir a importância da
alimentação funcional, bem como a influência de seus nutrientes na saúde das pessoas e sua
relação com a doença de Alzheimer. Os objetivos específicos deste estudo abrangem os
seguintes aspectos: conceituar a alimentação funcional, compreender os fatores e concepções
que visam a promoção da saúde do indivíduo, identificar as classificações e compostos
funcionais que contribuem para a saúde física e mental, e listar estratégias relacionadas aos
alimentos funcionais para o bem-estar físico e mental, bem como sua relação com a doença de
Alzheimer.
A realização dessa pesquisa se faz necessária para que, a partir dos fundamentos
teóricos, possa se compreender melhor a funcionalidade dos alimentos funcionais, como parte
integrante da vida de indivíduos que buscam uma vida saudável. É fundamental que as pessoas
adotem a prevenção como prioridade em detrimento do tratamento. Com base em várias fontes
da área, a pesquisa contribui para a ideia de que a alimentação funcional desempenha um papel
significativo na busca pela saúde física e mental. No entanto, a população muitas vezes
desconhece os efeitos preventivos da alimentação funcional saudável, muito menos o que
significa a alimentação funcional para a vida do indivíduo.
Portanto, esta pesquisa assume uma relevância primordial, principalmente no que diz
respeito à formação de nutricionistas, que podem se embasar em conhecimentos científicos
sólidos para orientar as pessoas na adoção de hábitos mais benéficos e na conscientização sobre
a importância de tais mudanças de comportamento, promovendo a adoção de hábitos saudáveis.
Além disso, essa pesquisa possui relevância social ao impactar positivamente na perspectiva de
vida das pessoas, contribuindo para melhorar o estilo de vida da população, resultando em
indivíduos com melhor saúde física e, consequentemente, uma saúde mental mais equilibrada.
Também desempenha um papel importante na comunidade acadêmica, fornecendo uma base
científica sólida que poderá servir de apoio para futuras pesquisas e, ao mesmo tempo,
Maria Luiza MARIANO e Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 5
promovendo a “inclusão funcional” das famílias e ampliando o campo de pesquisa com a
produção de mais artigos e investigações.
O tipo de pesquisa realizada refere-se a uma Revisão de Literatura, de forma integrativa,
na qual foram pesquisados livros, dissertações e artigos científicos selecionados por meio de
busca em fontes de dados. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, qualitativa e descritiva,
baseada em livros, sites e artigos científicos, com discussões de autores que abordam o tema
pesquisado, apresentando estudos relevantes sobre a importância da alimentação funcional para
a saúde da pessoa. O recorte temporal abrange os últimos quinze anos em artigos, incluindo
também autores mais clássicos dentro desse período. Os descritores ou palavras-chave para
busca em fontes de dados são: alimentação funcional, alimentos saudáveis, saúde física e
mental, doença de Alzheimer. Os critérios de inclusão para esta pesquisa são dar relevância aos
estudos nesse período indicado e que tratam da alimentação funcional para a pessoa como um
todo. Os critérios de exclusão referem-se a estudos que não se encaixam nos itens elencados na
descrição da metodologia.
Nas seções seguintes, serão apresentados três capítulos desenvolvidos com base nas
pesquisas estudadas e relacionados com os objetivos de pesquisa. O primeiro capítulo aborda a
conceituação dos alimentos funcionais e os fatores ou concepções relacionadas à saúde da
pessoa. No segundo capítulo, são discutidas as classificações e compostos funcionais que
potencializam a saúde sica e mental. O terceiro e último capítulo trata da prevenção e dos
impactos dos alimentos funcionais na saúde física e mental, bem como na relação com a doença
de Alzheimer. Em seguida, será apresentada as considerações finais, trazendo comentários
relevantes estudados nesta pesquisa, e, por fim, as referências que nortearam este estudo.
Conceitualização dos alimentos funcionais e conhecimento dos fatores e concepções da
saúde da pessoa
A realidade experimentada pela grande maioria das pessoas suscita reflexões sobre o
tipo e a qualidade da alimentação que estão incorporando em suas rotinas diárias, uma vez que
as escolhas desempenham um papel fundamental. Além das escolhas alimentares, observa-se
também uma modificação em certos hábitos, como o aumento das refeições fora de casa,
anteriormente consideradas eventuais, mas que, na contemporaneidade, passaram a ocupar um
espaço significativo nas dinâmicas familiares e na vida daqueles que trabalham fora,
abrangendo tanto o período de trabalho quanto os fins de semana. Esse cenário atual caracteriza
Alimentação Funcional: Prevenção e impactos na saúde da pessoa e a relação com a doença do Alzheimer
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 6
a realidade brasileira, que adotou uma forma de alimentação marcada por refeições rápidas,
popularmente conhecidas como “fast food”. Essas refeições fora de casa tornaram-se práticas
comuns para muitas famílias, substituindo os tradicionais almoços caseiros em família. Esse
estilo de vida tem gerado déficits nutricionais, uma vez que as escolhas frequentemente recaem
sobre alimentos industrializados, de preparo instantâneo e ricos em frituras, muitas vezes
preparadas em ambientes coletivos (MORAES; COLLA, 2006).
A alta incidência de uma alimentação inadequada está diretamente relacionada ao estilo
de vida dos indivíduos, e esta realidade tem passado por transformações recentes, as quais se
refletem no aumento de peso e alterações de humor que afetam tanto a saúde física quanto a
mental das pessoas. Essas mudanças são influenciadas por uma série de determinantes, tais
como fatores ambientais, socioculturais, comportamentais e fisiológicos, bem como estímulos
sensoriais. Todos esses elementos têm um impacto direto nos comportamentos alimentares e,
consequentemente, na saúde do indivíduo. Por essas razões e outras, o debate em torno da
mudança de hábitos alimentares, valorizando componentes capazes de atuar como medidas
preventivas e promotoras de homeostase no organismo físico e mental, está em destaque na
sociedade.
Distinções podem ser feitas entre os conceitos de alimentos funcionais e nutracêuticos.
Conforme Moraes e Colla (2006), os alimentos funcionais são aqueles que produzem efeitos
benéficos para a saúde das pessoas, indo além das funções nutricionais básicas, uma vez que
contêm componentes ou substâncias biologicamente ativas encontradas em alguns nutrientes.
Em relação aos nutracêuticos, como continua a mesma fonte, resultam da junção dos termos
“nutrição” e “farmacêutica” e se referem ao estudo dos componentes fitoquímicos presentes
nos alimentos.
A introdução das comidas funcionais iniciou-se no Japão durante a década de 80,
quando se difundiram as noções sobre esses alimentos e suas formas de utilização. Os japoneses
passaram a reconhecer a funcionalidade fisiológica desses alimentos, além de sua natureza
nutritiva. Consideraram-nos específicos para a promoção da saúde, e essa percepção se
correlacionou com o aumento da expectativa de vida da população japonesa (MORAES;
COLLA, 2006). Em função desse aumento e da preocupação com a saúde e longevidade dos
japoneses, um programa governamental incentivou a população a adotar uma nova abordagem
em relação aos alimentos, atribuindo-lhes propriedades “medicinais” e promovendo-os como
alimentos funcionais destinados à promoção da saúde.
Maria Luiza MARIANO e Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 7
Na pesquisa de Raud (2008), também são apresentadas confirmações relevantes acerca
dos fatores-chave que explicam o sucesso dos alimentos funcionais na vida cotidiana das
pessoas.
Os alimentos funcionais, que prometem ajudar na cura ou na prevenção de
doenças, são a nova tendência do poderoso mercado alimentício neste início
do século XXI. Iogurtes, margarinas, leites fermentados, cereais, águas
minerais etc. prometem ajudar na cura ou na prevenção de doenças. Os quais
são fatores-chave que explicam o êxito dos alimentos funcionais, a
preocupação crescente pela saúde e pelo bem-estar, mudanças na
regulamentação levando a uma considerável revitalização do mercado dos
produtos lácteos (RAUD, 2008, p. 85).
Os alimentos funcionais podem ser definidos como nutrientes ou substâncias não
nutritivas que estão associados a efeitos benéficos para a saúde humana. No entanto, a
concepção de que a alimentação funcional é considerada um alimento capaz de promover o
bem-estar da pessoa é aceita tanto nos Estados Unidos, na Europa quanto no Brasil. É
importante ressaltar que, em primeiro lugar, esses alimentos devem apresentar funções
essenciais relacionadas à nutrição e, posteriormente, funções preventivas e outros benefícios
para a saúde. De acordo com Santos et al. (2012) e respaldados por comprovação científica, os
alimentos funcionais m se tornado uma nova tendência no mercado, estabelecendo uma
relação intrínseca entre alimentação e saúde.
Os consumidores preocupados com a saúde estão cada vez mais buscando
alimentos funcionais, num esforço para melhorar sua própria saúde e o bem-
estar. Nos últimos anos, o desenvolvimento de novas tecnologias, sobretudo
nas áreas de biotecnologia e processamento de alimentos, possibilitou a
indústria de alimentos e o desenvolvimento de novos produtos, tendo em vista
as perspectivas de ganhos nesta área (SANTOS et al., 2012, p. 2).
Nesse sentido, os indivíduos que demonstram preocupação com a saúde e observam os
elevados índices de ocorrência de doenças, conforme indicados pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) e pelas Agências de Vigilância Sanitária. Nesse contexto, o surgimento dos
estudos sobre alimentos funcionais trouxe à tona a compreensão de seus impactos, os quais se
caracterizam por produzirem efeitos fisiológicos ou metabólicos que visam à prevenção de
determinadas doenças ou à manutenção das funções do organismo humano.
Seus efeitos vêm sendo estudados, principalmente, nas patologias, como o
câncer, diabetes, hipertensão, mal de Alzheimer, doenças ósseas,
cardiovasculares, inflamatórias e intestinais. Para que os alimentos funcionais
sejam eficazes é preciso que seu uso seja regular e também esteja associado
Alimentação Funcional: Prevenção e impactos na saúde da pessoa e a relação com a doença do Alzheimer
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 8
ao aumento da ingestão de frutas, verduras, cereais integrais, carne, leite de
soja e alimentos ricos em ômega-3 (VIDAL et al., 2012, p. 44).
A ingestão regular de alimentos funcionais pode exercer um efeito benéfico no
organismo, contribuindo para um desempenho otimizado, o que se reflete em uma significativa
melhoria na proteção do sistema imunológico daqueles que os consomem em sua rotina diária.
A composição química desses alimentos, conforme destacado pelos pesquisadores Vital et al.,
(2012), é classificada com base em suas origens e componentes, sendo dividida entre os naturais
e os artificiais. Na busca pelos componentes que atendam aos objetivos desta pesquisa, é
imperativo que se preferência aos elementos de origem natural. Não podemos deixar de
reconhecer que os produtos elaborados com ingredientes funcionais representam um notável
avanço na indústria de alimentos.
Os alimentos funcionais podem ser encontrados para consumo humano de
duas formas: naturais e artificiais. Os últimos, por sua vez, são fabricados por
empresas especializadas e autorizadas. As formas naturais são os alimentos
que contêm: ácidos graxos (linoléico, ômega-3 e 6, e limonóides), fibras,
probióticos (lactobacilos e bifidobactérias), compostos fenólicos (resveratrol,
isoflavona e zeaxantina) e carotenóides (betacaroteno, licopeno, luteína
(VIDAL et al., 2012, p. 50).
Na sociedade contemporânea, é cada vez mais comum observar o surgimento de
sintomas como cansaço, fadiga, alterações de humor e outros, que frequentemente resultam no
desenvolvimento de doenças de diversas origens. Tais sintomas e condições de saúde são, em
grande parte, atribuídos ao estilo de vida adotado pelas pessoas. Segundo a citação abaixo, os
autores destacam que muitas doenças crônicas têm se tornado mais prevalentes em nossa
sociedade devido aos padrões alimentares e à falta de atividade física, conforme apresentado
por Silva et al. (2016).
O cenário brasileiro retrata aumento no número de casos de doenças crônicas
não transmissíveis (DCNTs) como obesidade, hipertensão arterial sistêmica,
osteoporose, diabetes mellitus e câncer. Estima-se que as DCNTs são
responsáveis por 72% das mortes no Brasil, atingindo a população de todas as
classes sociais, porém, acentuada em grupos de baixo nível de instrução, renda
e idosos. Como consequência, a preocupação com a qualidade da alimentação
passa a ser priorizada por parte da população, levando a aderirem a padrões
alimentares que beneficiem melhorias à saúde (SILVA et al., 2016, p. 134).
Outros países mencionados em suas pesquisas incluem o Reino Unido e os Estados
Unidos, que também definiram alimentos funcionais como sendo primordialmente nutritivos e
contendo substâncias que promovem a saúde. Por volta de1991, nos Estados Unidos, passou a
Maria Luiza MARIANO e Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 9
ser permitida a utilização de alegações relacionadas à redução de risco de doenças para certos
alimentos, contudo, desde que respaldadas por evidências científicas e em conformidade com
o consenso de pesquisadores qualificados. Na Europa, a permissão para a comercialização de
alimentos funcionais começou a vigorar a partir de 1996, quando foi criada uma Comissão
Europeia dedicada a regulamentar essa categoria de alimentos. Sob a perspectiva da área da
saúde e da ciência, a alimentação funcional desempenha um papel crucial no crescimento,
desenvolvimento e diferenciação, além de atuar como substrato metabólico e na redução da
incidência de doenças, entre outros benefícios (GIUNTINI, 2018).
Em suas pesquisas, Vieira e Pierre (2018) destacaram que uma alimentação equilibrada
pode proporcionar benefícios à saúde das pessoas, prevenindo doenças, inclusive as crônicas.
Suas investigações, conduzidas por meio de uma revisão bibliográfica e pesquisa sistemática
em fontes de dados, culminaram nesses achados conclusivos:
A indústria alimentícia está em constante processo de transformação. Os
alimentos funcionais ainda são considerados “novos alimentos” devido à falta
de pesquisas e históricos de consumo. Tornando necessário novos estudos
teóricos e práticos às tecnologias que envolvem esse tipo de alimento.
Entretanto, existem várias evidências de que uma alimentação correta e
balanceada pode prevenir vários tipos de doenças, inclusive o câncer e
doenças vasculares (VIEIRA; PIERRE, 2018, p. 8).
Após uma análise comparativa de diversas fontes e autores que atestam a eficácia dos
alimentos funcionais, especialmente ressaltando o seu notável sucesso no início do século XXI,
ainda persiste um desconhecimento generalizado sobre sua funcionalidade e até mesmo sua
conceituação. Isso faz com que a disseminação desses alimentos na sociedade seja limitada,
privando muitos indivíduos dos benefícios que poderiam proporcionar em termos de bem-estar.
Uma maior divulgação e conscientização sobre o tema poderiam, portanto, resultar em índices
de saúde aprimorados, dado que muitas doenças relacionadas ao sedentarismo e à
alimentação poderiam ser prevenidas.
Depois examinar as definições e perspectivas de diversos autores em suas pesquisas
sobre alimentos funcionais, é pertinente abordar como as alegações sobre esses alimentos são
regulamentadas no Brasil. No país, as alegações sobre alimentos funcionais são regidas por leis
que reconhecem tanto nutrientes quanto substâncias não nutritivas com funções relacionadas
ao crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde, bem como à prevenção de doenças
(GIUNTINI, 2018).
Alimentação Funcional: Prevenção e impactos na saúde da pessoa e a relação com a doença do Alzheimer
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 10
Em torno de 1999, foram promulgadas quatro resoluções que estabelecem a base da
regulamentação dos alimentos funcionais. São elas: RDC n. º16/1999A1; RDC n.º 17/1999;
RDC n.º 18/1999 e RDC n19/1999. A ANVISA reconheceu essas quatro resoluções que
tratam da legislação sobre alimentos funcionais e, com a implementação dessas leis aprovadas
em 1999 (BRASIL, 1999a; 1999b; 1999c; 1999d), estabeleceu-se um arcabouço regulatório.
Posteriormente, em 2002, a RDC n.º 02/2002 aprovou o Regulamento Técnico de
substâncias bioativas e probióticos isolados com alegações de propriedades funcionais e/ou de
saúde (BRASIL, 2002). No contexto atual do Brasil, cerca de 20 componentes (nutrientes e não
nutrientes) possuem alegações funcionais aprovadas. No entanto, devido aos avanços contínuos
da pesquisa científica, a lista está sujeita a alterações. Portanto, é de suma importância manter-
se atualizado, consultando regularmente o site da ANVISA (GIUNTINI, 2018).
No Brasil, a ANVISA determina que um alimento funcional deva ter duas
propriedades: uma propriedade funcional e outra para a saúde. Sendo a
primeira relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não
nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções
normais no organismo humano. A segunda propriedade é aquela que afirma,
sugere ou implica na existência de relação entre o alimento ou ingrediente com
uma doença ou condição relacionada à saúde (BRASIL, 1999 apud CAÑAS;
BRAIBANTE, 2019, p. 2017-2018).
De modo geral, ainda não existe um consenso global para definir os alimentos
funcionais, e diversos termos são utilizados como sinônimos, tais como nutracêuticos,
alimentos nutricionais, alimentos medicinais, “vitafoods”, alimentos fortificados, suplementos
alimentares, entre outros. O tema tem sido objeto de extensa pesquisa e estudo tanto no Brasil
quanto em todo o mundo, como uma possibilidade de aprimoramento da saúde física e mental.
Na próxima seção deste estudo, serão apresentados as classificações e os compostos com o
potencial de intensificar ou promover a melhoria da saúde física e mental das pessoas.
As classificações e compostos funcionais que potencializam a saúde física e a mental
Os alimentos funcionais e seus compostos podem ser classificados de duas maneiras:
quanto à fonte, que pode ser de origem natural, seja vegetal, animal ou microbiana. De acordo
com a pesquisadora Giuntini (2018), além das fontes mencionadas, também são considerados
funcionais os de origem vegetal, tais como terpenoides não carotenoides, compostos
organosulforados, compostos fenólicos, ácidos fenólicos, lignanas, fitoesteróis, polióis. Esses
compostos funcionais podem ser encontrados em alimentos como soja, tomate, crucíferas,
Maria Luiza MARIANO e Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 11
linhaça, alho, frutas cítricas, chá verde, uvas vermelho-escuras/vinho tinto, aveia e prebióticos
(como frutanos, amido resistente e lactulose) todos eles desempenhando um papel relevante na
promoção da saúde física e intestinal. Pesquisas conduzidas por Carvalho et al. (2006) destacam
que as hortaliças não apenas oferecem benefícios ao corpo, mas também têm a capacidade de
atuar como agentes preventivos de doenças crônicas.
Estudos epidemiológicos conduzidos em animais mostraram que
determinados componentes das frutas e hortaliças são capazes de prevenir o
câncer e doenças coronarianas diretamente ou via interações complexas com
os processos metabólicos e moleculares do corpo. Estes estudos levaram a
Agência de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA) a aprovar a
alegação de que tais alimentos são benéficos à saúde. Segundo o ADA Reports
(1999), a ingestão recomendada de frutas e hortaliças é de cinco a nove
porções (xícara, unidade ou fatia média) por dia (CARVALHO et al., 2006,
p. 398).
Em seguida, temos os probióticos, que consistem em microrganismos vivos de cepas
específicas, cuja função é manter o equilíbrio da microbiota intestinal. Esses microrganismos
são encontrados em leites fermentados, iogurtes e outros produtos lácteos, desempenhando um
papel fundamental no favorecimento das funções gastrointestinais e na redução do risco de
constipação e câncer de cólon.
No que diz respeito aos ácidos graxos ômega 3 e 6, a atenção se volta para sua relevância
na prevenção e nos impactos na saúde física e mental. Conforme observado por Mancini Filho
(2015), os ácidos graxos, que estão presentes nos triglicerídeos, podem ser classificados como
saturados e insaturados. Entre os ácidos graxos insaturados, existem os poli-insaturados, que
possuem mais de uma dupla ligação em sua estrutura e são considerados essenciais para o
organismo humano. Um exemplo são os ácidos graxos da família do ácido linoleico. Os ácidos
graxos ômega 3, por sua vez, são caracterizados pela presença de duplas ligações em sua
estrutura molecular.
A presença desses ácidos graxos no organismo está relacionada com a redução
da viscosidade do sangue, aumento do relaxamento do endotélio das artérias
coronárias, além de estarem associados ao aumento de genes que participam
da regulação da homeostase como: o da enzima 7alfa-hidroxilase, o do
receptor sequestrante tipo B1 e do receptor de LDL (MANCINI FILHO, 2015,
online).
De acordo com Cañas e Braibante (2019), as substâncias caracterizadas como alimentos
funcionais podem ser classificadas com base nos componentes bioativos que esses alimentos
possuem, considerando sua estrutura química, características, propriedades e os benefícios que
Alimentação Funcional: Prevenção e impactos na saúde da pessoa e a relação com a doença do Alzheimer
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 12
proporcionam à saúde. Alguns exemplos dessas substâncias incluem carotenoides, flavonoides,
ácidos graxos insaturados, ômega 3 e 6, bem como fibras.
Os alimentos funcionais de origem vegetal podem ser classificados de acordo com esses
componentes bioativos. Primeiramente, destacam-se os carotenoides, como o beta caroteno,
licopeno e luteína, que o pigmentos naturais encontrados em plantas, flores e frutas com uma
variada gama de cores, que vão desde o amarelo até tons mais vibrantes, como o vermelho.
Esses carotenoides podem ser encontrados em alimentos como tomate, derivados de goiaba
vermelha, pimentão vermelho, melancia, folhas verdes, milho, mamão e outros. Essas
substâncias desempenham diversos benefícios para a saúde física e mental, tais como a redução
dos níveis de colesterol, o risco de certos tipos de câncer, a proteção contra a degeneração
muscular e a ação como antioxidantes (CAÑAS; BRAIBANTE, 2019).
Outra classe importante são os flavonoides, que são compostos fenólicos identificados
principalmente em hortaliças. Eles possuem propriedades antioxidantes, vasodilatadoras e anti-
inflamatórias que beneficiam a saúde das pessoas. Conforme ressaltado pelos autores Cañas e
Braibante (2019) em suas pesquisas sobre esses componentes e características:
De acordo com suas características químicas e biosintéticas, estes compostos
são classificados como: antocianinas, flavanas, flavononas, flavonas,
flavonóis e isoflavonoides. As antocianinas são as substâncias encarregadas
de dar uma cor azul ou vermelha aos alimentos que são de origem vegetal
(CAÑAS; BRAIBANTE, 2019, p. 219).
Alimentos funcionais de origem animal e microbiana podem ser encontrados em peixes
e óleos de peixes, como sardinha, salmão, atum e anchova, além de azeites vegetais, como o
azeite de oliva. Conforme destacado pelos autores Cañas e Braibante (2019), sementes de
linhaça e nozes também fazem parte dos alimentos funcionais de origem animal,
desempenhando funções como a redução do LDL, ação anti-inflamatória e contribuição
essencial para o desenvolvimento do cérebro e retina de recém-nascidos.
Outra substância mencionada é a quitosana, uma fibra de origem animal com potencial
para melhorar os níveis de colesterol plasmático. Entre as fibras alimentares, a beta glucana é
uma que se destaca e pode ser encontrada em cereais integrais, como aveia, centeio e cevada,
bem como em leguminosas como soja, ervilha e feijão, além de hortaliças, frutas com casca e
talos. Essas fibras desempenham um papel importante na redução do risco de câncer de cólon
e na melhoria da função intestinal (CAÑAS; BRAIBANTE, 2019).
Maria Luiza MARIANO e Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 13
Adicionalmente, é importante mencionar duas substâncias associadas de forma negativa
à demência, o cobre e o alumínio. Acredita-se que esses elementos possam contribuir para a
progressão do processo patológico da Doença de Alzheimer (DA). Por outro lado, substâncias
com propriedades anti-inflamatórias são de grande interesse nesse campo de pesquisa,
considerando a neuroinflamação presente na doença. Um exemplo é o ácido docosahexaenóico
(DHA), que demonstra possuir bioatividade antiamiloide e capacidade de redução do colesterol,
um fator associado ao risco de DA, além de exercer atividade neuroprotetora.
Os principais alimentos ricos em ômega-3 incluem peixes de águas profundas, como
bacalhau, cação, atum e salmão. Além dos peixes, a linhaça é uma excelente fonte de ômega-3.
O termo “ômega” é frequentemente usado para indicar a posição da ligação carboxílica, como
afirmam Cañas e Braibante (2019) em seus estudos. Eles continuam destacando que essas
combinações para a formação do ômega-3 e ômega-6 são essenciais e indispensáveis para
diversas funções no organismo, especialmente nas funções biológicas cerebrais, como a
constituição de membranas celulares e a transmissão de impulsos sinápticos e conexões
neuronais.
Após essa classificação dos alimentos funcionais e a ênfase dada aos alimentos que
podem influenciar o funcionamento cerebral, considerados indispensáveis para o organismo, o
próximo capítulo abordará os componentes relacionados à doença de Alzheimer e à saúde de
maneira geral.
Prevenção e impactos dos Alimentos Funcionais para a Saúde Física e Mental e a relação
com a Doença do Alzheimer
Ao abordar a prevenção e os impactos dos alimentos funcionais em relação a doenças
crônicas (físicas) e doenças que afetam as funções cognitivas e a memória (mentais), pode-se
afirmar que grande parte do que consumimos pode desempenhar um papel preventivo, em
estreita relação com nossos hábitos diários. Esses hábitos englobam tanto escolhas alimentares
quanto a inclusão de suplementos, bem como a prática de atividade física. Essa relação tem
demonstrado resultados benéficos para o organismo como um todo e em sua integridade.
É importante compreender que no organismo humano, esses hábitos funcionam de
maneira interconectada, já que muitas atividades viscerais estão interligadas e afetam umas às
outras. Por exemplo, a microbiota intestinal tem impacto na saúde mental da pessoa, e essa
interconexão influencia o sistema imunológico e o sistema nervoso central. Portanto, os
Alimentação Funcional: Prevenção e impactos na saúde da pessoa e a relação com a doença do Alzheimer
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 14
alimentos desempenham um papel fundamental como meio de proteção e prevenção para o
organismo. No entanto, é crucial ressaltar que esses alimentos não devem ser utilizados de
forma isolada nem como substitutos para o tratamento de doenças já estabelecidas. Eles podem,
no entanto, complementar uma mudança nos hábitos e no estilo de vida. Os ácidos graxos, poli-
insaturados, como o ômega-3 e o ômega-6, desempenham funções importantes no
desenvolvimento e funcionamento do cérebro e da retina (MARTIN et al., 2006).
Os componentes lipídicos, especialmente os ácidos graxos, estão presentes nas
mais diversas formas de vida, desempenhando importantes funções na
estrutura das membranas celulares e nos processos metabólicos. Em humanos,
os ácidos linoléico e alfa-linolênico o necessários para manter sob condições
normais, as membranas celulares, as funções cerebrais e a transmissão de
impulsos nervosos. Esses ácidos graxos também participam da transferência
do oxigênio atmosférico para o plasma sanguíneo, da síntese da hemoglobina
e da divisão celular, sendo denominados essenciais por não serem sintetizados
pelo organismo a partir dos ácidos graxos provenientes da síntese de novo
(MARTIN et al., 2006, p. 762).
Quando se aborda temas relacionados às funções cerebrais e às transmissões de
impulsos nervosos, que envolvem as sinapses e todo o mecanismo que sustenta o
funcionamento neuronal, é aferido ao funcionamento cerebral da saúde mental como um todo.
Isso está intrinsecamente ligado a questões como depressão e doenças que afetam as funções
executivas e cognitivas dos indivíduos, incluindo uma doença que atualmente preocupa muitas
pessoas devido aos altos índices de incidência e ao impacto na saúde mental: o Alzheimer. O
Alzheimer é a principal causa de demência, sendo um conjunto de distúrbios cerebrais que
resultam na perda de habilidades intelectuais e sociais. Nessa doença, as células cerebrais
degeneram e morrem, levando a um declínio progressivo na memória e na função mental.
De acordo com Armentano et al. (2009), o processo de envelhecimento está associado
a déficits na memória episódica e no controle das funções neuropsicológicas, especialmente
relacionados à redução do processamento de informações, atenção, processos inibitórios e
flexibilidade cognitiva. Esses déficits são explicados pela hipótese do envelhecimento do
sistema frontal e pelas perdas que ocorrem com o avanço da idade.
E para a doença do Alzheimer, o consumo do ômega 3 traz benefícios para a saúde
mental, pois esses controlam a pressão arterial, como também produz efeito anti-inflamatório
ajudando a muitas doenças da síndrome metabólica, autoimunes, sintomas da TPM, o humor e
diversos outros sintomas estão frequentes na vida moderna. O consumo de ômega 3 tem
demonstrado contribuir para a manutenção do funcionamento cerebral, melhorando a memória
Maria Luiza MARIANO e Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 15
e os aspectos cognitivos. Além disso, as vitaminas do complexo B, como a B12, o ácido fólico
e a B6, desempenham um papel importante no tratamento da doença de Alzheimer, uma vez
que estão relacionadas à redução dos níveis de homocisteína no organismo humano.
Entre as principais funções dos AG (ácidos graxos) estão a de reserva de
energia e a participação como componentes estruturais das membranas
celulares. Além disso, são precursores de substâncias como as prostaglandinas
(que atuam sobre a contratibilidade da musculatura lisa e modulação de
recepção de sinal hormonal (GIUNTINI, 2018, p. 85).
Na maioria das dietas humanas, os ácidos graxos (AG) contendo EPA e DHA são
encontrados principalmente em peixes, como a cavala, a sardinha e o salmão, bem como em
muitos suplementos alimentares. Também é possível encontrá-los em outros tipos de alimentos
funcionais que também são considerados fontes de ácidos graxos.
Os fitoesteróis ocorrem naturalmente em cereais, sementes oleaginosas,
leguminosas e, principalmente, o encontrados nos óleos desses vegetais,
sendo mais concentrados em soja, girassol e canola. Ocorrem também em
hortaliças e frutas, mas em quantidades bem menores. São compostos que
podem ser isolados para serem adicionados em produtos, os quais podem
apresentar alegação de propriedade funcional (GIUNTINI, 2018, p. 87).
Quando se faz referência à doença do Alzheimer, não se pode deixar de estabelecer
algumas correlações com o aumento do colesterol LDL, pois, além dos problemas
cardiovasculares, ele também afeta diretamente os processos cerebrais. Isso é provocado pelo
consumo de gorduras trans, uma vez que estudos indicam que níveis elevados de colesterol
LDL aumentam o risco de desenvolver o Alzheimer com o envelhecimento. No entanto, a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 1999c) determinou a proibição do uso de
gorduras trans pelas indústrias alimentícias e estabeleceu que até 2023 essas substâncias devem
ser reduzidas em seus produtos. As gorduras trans são encontradas em alimentos como sorvetes,
biscoitos, pipocas de micro-ondas, margarina e outros produtos. Devido ao fato de esses
alimentos aumentarem os níveis de colesterol LDL e serem prejudiciais à saúde humana, é
aconselhável evitá-los para não causar impactos negativos na saúde geral das pessoas.
Assim, investir em ácidos graxos e buscar alimentos mais saudáveis ainda é a melhor
solução preventiva para diversas doenças, incluindo o Alzheimer. No caso desta pesquisa sobre
o Alzheimer, investir em ácidos graxos da série Ômega-3, como o EPA (eicosapentaenoico) e
o DHA cido Docosahexaenóico), é altamente recomendado. O DHA, em particular, é um
nutriente essencial para o cérebro, uma vez que cerca de 60% do cérebro é composto de gordura,
Alimentação Funcional: Prevenção e impactos na saúde da pessoa e a relação com a doença do Alzheimer
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 16
e aproximadamente 20% dessa gordura é DHA. Vários estudos têm demonstrado uma relação
positiva entre a suplementação com DHA e o aumento da resiliência dos neurônios, assim como
a melhoria da capacidade cognitiva.
Os ácidos graxos da série ômega 3 EPA e DHA ocorrem em peixes de águas
frias e profundas (por exemplo: cavala, sardinha, salmão). O ALA (alfa-
linolênico) é encontrado principalmente nos óleos de soja e canola e na
linhaça; o ALA pode ser convertido em EPA e DHA, porém, em baixa
porcentagem. A recomendação é que a ingestão seja de aproximadamente 1,0
g/dia. Os fitoesteróis são encontrados principalmente em sementes
oleaginosas e leguminosas, especialmente nos óleos de soja, girassol e canola.
produtos da linha de laticínios com adição de fitoesteróis. A recomendação
é que a ingestão seja de aproximadamente 2,0 g/dia (GIUNTINI, 2018, p. 88).
Os ácidos graxos têm sido amplamente estudados e analisados com o objetivo de
melhorar a qualidade de vida das pessoas, prevenindo doenças crônicas e reduzindo o risco de
demências, como a doença de Alzheimer. O Ministério da Saúde recomenda um consumo ideal
de pelo menos duas vezes por semana para obter os efeitos benéficos para a saúde. Os ácidos
graxos ômega-3 podem reduzir significativamente o risco de Alzheimer, proporcionando
benefícios para o bem-estar físico e mental.
Os ácidos alfa-linolênico (ALA), de origem vegetal, são componentes do ômega-3 e o
podem ser sintetizados pelos tecidos dos mamíferos, devendo ser obtidos exclusivamente por
meio da alimentação. Como nosso organismo não consegue produzi-los, é essencial incorporá-
los à dieta. Por outro lado, os ácidos docosaexaenoicos (DHA) e o ácido eicosapentaenoico
(EPA), de origem animal, são compostos bioativos encontrados em peixes marinhos e já estão
na forma ativa para o nosso organismo, proporcionando diversos benefícios para a saúde
(GIUNTINI, 2018).
Para Giuntini (2018), no processo de envelhecimento, observa-se uma diminuição nos
biomarcadores de ômega 3 no cérebro, bem como alterações cerebrais, tais como perda de
memória e função cognitiva. Nesse contexto, verifica-se uma redução da quantidade de DHA
no hipocampo, que é a área responsável pela memória. Estudos demonstram que o
envelhecimento está associado à diminuição do DHA, o que, por sua vez, tem impacto na
ocorrência da doença. A lesão cerebral impede a formação de novas memórias, razão pela qual
é aconselhável considerar a suplementação. No entanto, essa suplementação deve ser adotada
de forma preventiva, ou seja, não deve ser iniciada somente aos setenta anos, mas sim
considerada a partir dos quarenta ou cinquenta anos, evitando as manifestações dos primeiros
sintomas e sinais (GIUNTINI, 2018).
Maria Luiza MARIANO e Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 17
Além dessas considerações relacionadas à doença de Alzheimer, os ácidos graxos
ômega 3, como o DHA, também desempenham um papel significativo como suplementos
preventivos em diversas condições, tais como doenças autoimunes, doenças cardiovasculares,
hipertensão, doenças metabólicas, asma, artrite, inflamações intestinais, e oferecem benefícios
adicionais durante a gestação.
Buscando a prevenção por meio de uma terapia de imunonutrição, que se fundamenta
em intervenções destinadas à proteção do sistema imunológico, proporciona a muitas pessoas
uma alternativa para a melhoria da qualidade de vida. Almeida et al. (2020) destacam, no
contexto da relação entre o Alzheimer e o ômega 3, a elevada concentração de DHA confere
uma fluidez perfeita às membranas plasmáticas, enquanto as vitaminas do complexo B
desempenham um papel fundamental na função neuronal na Doença de Alzheimer. Nesse
sentido, suas pesquisas sobre a análise desses componentes indicaram benefícios para a saúde
mental, conforme diversos estudos têm demonstrado que o aumento na suplementação de DHA
favorece o desenvolvimento neuronal de maneira satisfatória.
Discussão dos resultados
Nesta seção, será apresentada uma tabela comparativa dos autores e de suas abordagens
em relação ao tema proposto. A seleção dos artigos foi baseada na inclusão da análise de
alimentos funcionais e da doença de Alzheimer, resultando na escolha de quatro artigos para
compor esta pesquisa. Os autores identificados o apresentados com o ano de publicação, o
objetivo de seus respectivos artigos e os principais resultados alcançados. Após a exposição da
tabela, será conduzida uma análise dos resultados, estabelecendo conexões entre os pontos
relevantes para a formulação de conclusões relacionadas à temática e à resolução da
problemática de pesquisa.
Na busca na fonte de dados, foram utilizados descritores que resultaram em 17.600
artigos relacionados ao tema, alguns abordando a doença e outros tratando de alimentos
funcionais. Entretanto, a seleção priorizou artigos que contemplassem tanto alimentos
funcionais ou nutricionais quanto a Doença de Alzheimer, exigindo que o título de tais artigos
incluísse explicitamente a descrição desses dois temas. Vários artigos foram excluídos devido
à falta de acesso e também foram descartadas as pesquisas internacionais. O estudo concentrou-
se principalmente em resultados nacionais e limitou-se aos artigos publicados nos últimos anos,
de 2016 a 2021, que abordassem a temática em questão, a fim de embasar a discussão dos
Alimentação Funcional: Prevenção e impactos na saúde da pessoa e a relação com a doença do Alzheimer
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 18
resultados.
Quadro 1 Tabela de artigos pesquisados 2021
Título
Objetivo
Principais Resultados
Avaliação do estado
nutricional e consumo
alimentar em pacientes
com Doença de
Alzheimer
Avaliar o estado
nutricional e consumo
alimentar de pacientes
com doença de
Alzheimer em uma
casa de repouso no
município de São
Paulo
A vitamina E pode ser
manipulada como um
tratamento eficaz da DA.
Mostra variações
consideráveis na sua função
antioxidante e na sua
capacidade de melhorar as
funções cognitivas. A
suplementação de ácido
fólico e vitamina B12 e B6,
destes micronutrientes pode
diminuir o risco de
doença cardiovascular,
acidente vascular
cerebral e demência,
reduzindo a homocisteína
Nutrientes essenciais na
prevenção da doença de
Alzheimer
Discorrer sobre os
principais nutrientes
que podem auxiliar na
prevenção desta
doença.
Pode-se dizer que muitos
nutrientes e alimentos podem
contribuir com a redução da
incidência da DA. Porém,
vale lembrar que este
consumo deverá acontecer ao
longo da vida e que deve
estar associado à alimentação
saudável.
Nutrição e Doença de
Alzheimer no idoso: uma
revisão
Verificar se a
alimentação e a
nutrição podem
contribuir para a
prevenção ou retardo
da progressão da
doença de Alzheimer
Através dos estudos e suas
evidências científicas que
relacionam a alimentação/
nutrição e a DA acima
demonstrados, é evidente o
papel protetor de uma
dieta saudável sobre a saúde
cerebral
A Doença do Alzheimer e
suas relações com
ômega-3 e as vitaminas
do Complexo B
Identificar, na
literatura científica,
estudos sobre a
doença do Alzheimer
e as suas relações com
o ômega-3 e as
vitaminas do
complexo B,
considerando os
benefícios desses
micronutrientes.
Estudos com o ômega-3
apontam os benefícios desses
ácidos graxos, aos portadores
de Alzheimer, por meio da
diminuição dos marcadores
da inflamação
Fonte: Elaborado pelos autores.
Maria Luiza MARIANO e Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 19
Desta forma, as pesquisas analisadas e estudadas com o propósito de abordar essa
temática indicam que a nutrição e os alimentos funcionais, baseados em determinados
componentes e vitaminas, podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida tanto física
quanto mental. Contudo, os resultados de diversas pesquisas e estudos relacionando a Doença
de Alzheimer (DA) com a alimentação funcional ou saudável têm fornecido insights positivos
para a vida das pessoas. No estudo conduzido por Mendes et al. (2016), destaca-se a relevância
da vitamina D, bem como do ácido fólico, da vitamina B12 e B6, e do ômega 3 na composição
alimentar de indivíduos que sofrem de DA. Além disso, o estudo enfatiza a importância da
abordagem preventiva e da manutenção de uma dieta saudável.
Ao analisar as pesquisas de Bigueti, Lellis e Dias (2018) nota-se que eles apontam para
a prevenção da DA, por meio das vitaminas do complexo B, vitaminas C, D e E, ômega 3 e
selênio, todos os quais demonstraram resultados positivos. Por outro lado, Weber et al. (2019),
em suas pesquisas, afirmam que algumas vitaminas e minerais estão relacionados ao
funcionamento e à manutenção do cérebro. No entanto, destacam que as vitaminas do complexo
B, o selênio, os ácidos graxos ômega 3, EPA, DHA e as vitaminas antioxidantes, como A, C e
E, exercem um potencial maior no sistema cerebral e nos neurônios, representando pontos de
prevenção significativos para a doença.
Já os estudos de Almeida et al. (2020) alegam que não comprovação de cura para a
Doença de Alzheimer, mas destacam que muitas pesquisas estão revelando maneiras de
prevenir a doença por meio de uma alimentação saudável. Todos os autores investigados
convergem para a ideia de que alimentos e vitaminas têm um impacto abrangente sobre o corpo
humano. De forma unânime, eles afirmam que hábitos alimentares e de vida não saudáveis
podem ser prejudiciais à qualidade de vida e à saúde do indivíduo.
Considerações finais
A busca por esta temática surgiu devido ao interesse de inúmeras pessoas em realizar
mudanças em suas rotinas alimentares, bem como em buscar perspectivas de uma vida mais
longa e saudável. Através de investigações na área das ciências dos alimentos, surgiram
oportunidades para propor alterações que viabilizem a promoção da saúde das pessoas, o que
tem motivado significativamente o estudo. De acordo com as pesquisas realizadas, foram
obtidas respostas provenientes de investigações científicas que trouxeram resultados esperados,
indicando que os alimentos funcionais não apenas contribuem para melhorar a saúde, mas
Alimentação Funcional: Prevenção e impactos na saúde da pessoa e a relação com a doença do Alzheimer
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 20
também fortalecem as medidas de prevenção de doenças que atualmente representam
preocupações em nível global.
Com essa temática e o objetivo de pesquisa que visava estudar e discutir a importância
da alimentação funcional e de todos os seus nutrientes no contexto da saúde das pessoas e sua
relação com a doença de Alzheimer, tornou-se possível constatar que diversos alimentos podem
contribuir para o funcionamento cerebral e suas conexões. Isso realça a relevância de se adotar
uma dieta baseada em alimentos funcionais e de cultivar hábitos saudáveis, tanto no que diz
respeito à alimentação quanto à prática de atividades físicas não sedentárias. Ao explorar essa
temática, tornou-se evidente o impacto do que é consumido e ingerido pelo corpo. É igualmente
notável observar que, no processo de envelhecimento, ocorre uma redução nos biomarcadores
de ômega 3 no cérebro, o que está correlacionado com alterações cerebrais, tais como perda de
memória e função cognitiva. Consequentemente, a quantidade diminuída de DHA no
hipocampo assume uma importância significativa, visto que esse componente (DHA) torna-se
crucial para o desenvolvimento de uma saúde física e mental robusta, como indicado pelos
resultados desta pesquisa sobre o tema.
Foi possível confirmar a pergunta de pesquisa sobre a relação entre alimentos funcionais
e a redução de diversas doenças, incluindo as autoimunes, cardiovasculares e doenças do
Alzheimer. Sabe-se que muitas pesquisas devem ser realizadas nessa área, especialmente
estudos relacionados ao cérebro humano, dado sua complexidade. Portanto, é relevante destacar
que vários nutrientes podem se correlacionar positivamente com a mitigação da doença DA.
Isso leva à conclusão de que dietas saudáveis, que incluem maior consumo de vegetais, frutas,
probióticos, baixo ou nenhum consumo de álcool, adequada hidratação, atividade física regular,
alimentos ricos em EPA e DHA, entre outros, podem contribuir significativamente para a
redução do risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Mesmo que os resultados sejam inconclusivos, as mudanças sugeridas no estilo de vida
também podem apresentar benefícios adicionais relacionados à redução e manutenção do peso,
à saúde cardiovascular, ao risco de diabete e, essencialmente, não acarretam prejuízos. É crucial
destacar que nenhum alimento isolado pode substituir outros ou deve ser ingerido em
detrimento de outros para prevenir uma doença específica. Diferentes alimentos fornecem
substâncias vitais distintas para a saúde. Portanto, uma dieta variada é essencial.
Os ácidos graxos ômega têm sido amplamente estudados por diferentes grupos de
pesquisa, resultando em inúmeros avanços nas recomendações nutricionais relacionadas às suas
propriedades fisiológicas. Em linhas gerais, pode-se concluir que o desenvolvimento do
Maria Luiza MARIANO e Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 21
trabalho e da pesquisa em si trouxe uma análise mais apurada. Os alimentos funcionais não
representam a cura das doenças, mas podem contribuir para o benefício e a qualidade de vida
dos seres humanos, uma vez que um conjunto de alimentos saudáveis e recomendáveis promove
a homeostase da atividade visceral e do sistema nervoso central do indivíduo. Nesse sentido, a
prevenção por meio de uma terapia de imunonutrição, baseada em princípios de intervenção
para a proteção do sistema imunológico, oferece a muitas pessoas uma opção para buscar a
qualidade de vida.
Portanto, é de fundamental importância conduzir novas pesquisas e análises de forma
constante, visto que a saúde nutricional é cíclica e deve permanecer sob constante investigação
e pesquisa para novas abordagens, visando às futuras gerações, dada a sua relevância científica,
social, econômica e impacto na qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, T. C.C.de et al. A Doença do Alzheimer e suas relações com Ômega 3 e as
vitaminas do complexo B Envelhecimento baseado em evidências tendência e inovações. In:
CONGRESSO INTERNACIONAL DO ENVELHECIMENTO HUMANO, 7., 2020,
Campina Grande. Anais [...]. Campina Grande, PB: Editora Realize, 2020.
ARMENTANO, C, G. C. et al. Study on the Behavioural Assessment of the Dysexecutive
Syndrome (BADS) performance in healthy individuals, Mild Cognitive Impairment and
Alzheimer’s disease A preliminary study. Dementia & Neuropsychologia, v. 3, n. 2, p. 101-
107, 2009.
BIGUETI, B.de C. P.; LELLIS, J.Z. de; DIAS, J. C. R. Nutrientes essenciais na prevenção da
doença de Alzheimer Revista Ciências Nutricionais Online, v. 2, n. 2, p. 18-25, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC
n. 16, de 10 de novembro de 1999. Dispõe sobre a alteração do Regimento Interno da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária e dá outras providências. Brasília: MS, ANVISA,
1999a. Disponíveis em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/1999/rdc0016_10_11_1999.html.html.
Acesso em: 10 maio 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC
n. 17, de 19 de novembro de 1999. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVS
aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de julho de 1999, c/c o § 1º do art. 95 do Regimento
Interno aprovado pela Resolução nº 1 de 26 de abril de 1999, em reunião realizada em 17 de
novembro de 1999 adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu Diretor-Presidente
determino a sua publicação. Brasília: MS, ANVISA, 1999b. Disponíveis em:
Alimentação Funcional: Prevenção e impactos na saúde da pessoa e a relação com a doença do Alzheimer
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 22
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/1999/rdc0017_19_11_1999.html. Acesso
em: 10 maio 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resoluções n. 18,
de 30 de abril de 1999. Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas
para análise e comprovação de propriedades funcionais e ou de saúde alegadas em rotulagem
de alimentos, constante do anexo desta portaria. Brasília: MS, ANVISA, 1999c. Disponíveis
em: https://www.saude.rj.gov.br/comum/code/MostrarArquivo.php?C=MjI0OQ%2C%2C.
Acesso em: 10 maio 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC
n. 19, de 19 de novembro de 1999. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, no uso das atribuições que lhe confere o art. 11, inciso IV do Regulamento da
ANVS aprovado pelo Decreto 3.029, de 16 de abril de 1999, em reunião realizada em 17 de
novembro de 1999 [...]. Brasília: MS, ANVISA, 1999d. Disponíveis em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/1999/rdc0019_19_11_1999.html. Acesso
em: 10 maio 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC
n. 2, de 7 de janeiro de 2002. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária no uso da atribuição que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA
aprovado pelo Decreto n.º 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o § 1º do art. 111 do Regimento
Interno aprovado pela Portaria n.º 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22
de dezembro de 2000, em reunião realizada em 26 de dezembro de 2001 [...]. Brasília: MS,
ANVISA, 2002. Disponíveis em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0002_07_01_2002.html. Acesso
em: 10 maio 2021.
CAÑAS, G. J. S.; BRAIBANTE, M. E. F. A Química dos Alimentos Funcionais. Química e
Sociedade, v. 41, n. 3, p. 216-223, ago. 2019.
CARVALHO, P. G. B. de et al. Hortaliças como alimentos funcionais. Hortic. Bras.,
Brasília, v. 24, n. 4, p. 397-404, Dec. 2006.
GIUNTINI, E. B. Alimentos Funcionais. Londrina, PR: Editora e Distribuidora Educacional
S.A., 2018.
MANCINI FILHO, J. Ácidos graxos ômega 3: propriedades funcionais. Revista do
Farmacêutico, n. 121, São Paulo, abr./maio 2015.
MARTIN, C. A. et al. Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e
ocorrência em alimentos Rev. Nutr., Campinas, v. 19, n. 6, p. 761-770, nov./dez. 2006.
MENDES, L. P. et al. Avaliação do Estado Nutricional e Consumo Alimentar em pacientes
com Doença de Alzheimer. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v.
14, n. 2, p. 502-515, ago./dez. 2016.
Maria Luiza MARIANO e Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 23
MORAES, F. P.; COLLA, L. M. Alimentos Funcionais e Nutracêuticos: definições,
legislação e benefícios a saúde. Revista Eletrônica de Farmácia, v. 3, n. 2, p. 109-122,
2006.
RAUD, C. Os alimentos funcionais: a nova fronteira da indústria alimentar análise das
estratégias do Danone e da Nestlé no mercado brasileiro de iogurtes. Rev. Sociol. Polít.,
Curitiba, v. 16, n. 31, p. 85-100, nov. 2008.
SANTOS, F. L. et al. Kefir: Uma nova fonte alimentar funcional? Diálogos e Ciência, v. 10,
n. 29, p. 1-14, 2012.
SILVA, A. C.C. et al. Alimentos Contendo Ingredientes Funcionais em sua Formulação.
Revisão de Artigos Publicados em Revistas Brasileiras. Revista Conexão Ciência, v. 11, n.
2, p. 133-144, 2016.
VIDAL, A. M. et al. A ingestão de alimentos funcionais e sua contribuição da incidência de
doenças. Cadernos de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde, Aracaju, v. 1, n. 15, p.
43-52, out. 2012.
VIEIRA, L. G.; PIERRE, F.C. Considerações sobre tendências e oportunidades dos alimentos
funcionais. In: JORNADA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA, 7., 2018, Botucatu. Anais [...].
BOTUCATU, SP: Faculdade de Tecnologia de Botucatu 2018.
WEBER, I. T. S. et al. Nutrição e Doença do Alzheimer no Idoso: uma revisão Estud.
interdiscipl. envelhec., Porto Alegre, v. 24, n. 3, p. 45-61, 2019.
Alimentação Funcional: Prevenção e impactos na saúde da pessoa e a relação com a doença do Alzheimer
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 24
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não aplicável.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Não houve necessidade de aprovação de ética.
Disponibilidade de dados e material: Os dados e materiais utilizados no trabalho estão
disponíveis para acesso.
Contribuições dos autores: Ambas as autoras participaram da pesquisa, da coleta de dados,
da análise, da redação e da revisão do artigo. Ambas, como estudantes de nutrição,
realizaram todos os processos juntas.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 1
FUNCTIONAL FOODS: PREVENTION AND HEALTH IMPACTS IN
INDIVIDUALS AND ITS RELATIONSHIP WITH ALZHEIMER'S DISEASE
ALIMENTAÇÃO FUNCIONAL: PREVENÇÃO E IMPACTOS NA SAÚDE DA PESSOA
E A RELAÇÃO COM A DOENÇA DO ALZHEIMER
LA ALIMENTACIÓN FUNCIONAL: PREVENCIÓN E IMPACTOS EN LA SALUD DE
LA PERSONA Y SU RELACIÓN CON LA ENFERMEDAD DE ALZHEIMER
Maria Luiza MARIANO1
e-mail: luiza.mariano@unesp.br
Nur El Hoda Ayoub TAHA2
e-mail: nutri_nurtaha@outlook.com
How to reference this paper:
MARIANO, M. L.; TAHA, N. E. H. A. Functional Foods:
Prevention and health impacts in individuals and its relationship
with Alzheimer's disease. Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n.
00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262. DOI:
https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006
| Submitted: 25/04/2023
| Revisions required: 11/06/2023
| Approved: 09/07/2023
| Published: 11/09/2023
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
São Paulo State University (UNESP), Araraquara SP Brazil. Doctoral student in the Graduate Program in
School Education.
2
Anhanguera Faculty of Bauru, Bauru SP Brazil. Bachelor's degree in Nutrition.
Functional Foods: Prevention and health impacts in individuals and its relationship with Alzheimer's disease
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 2
ABSTRACT: The Brazilian scenario has shown a significant increase in the cases of non-
communicable chronic diseases, such as obesity, hypertension, osteoporosis, diabetes mellitus,
cancer, and conditions affecting memory loss, such as Alzheimer's disease. This study aims to
analyze and discuss the relevance of functional foods and their nutritional components in individual
health and their relationship with Alzheimer's disease. The methodology adopted included a
qualitative and descriptive literature review based on sources such as books, websites, and scientific
articles, with a time frame covering the last fifteen years of research. The discussions arising from
the results indicate that functional foods, including omega-3, have been shown to contribute to the
maintenance of brain function, promoting improvements in memory and cognitive aspects. It is
important to emphasize that research in this area is ongoing and necessary, especially concerning
studying the human brain, given its complex nature.
KEYWORDS: Functional Foods. Nutritional Foods. Physical and Mental Health. Alzheimer's
Disease.
RESUMO: O cenário brasileiro tem evidenciado um aumento significativo nos casos de doenças
crônicas não transmissíveis, como obesidade, hipertensão, osteoporose, diabete mellitus, câncer e
condições que afetam a perda de memória, como a doença de Alzheimer. O objetivo deste estudo é
analisar e discutir a relevância da alimentação funcional e de seus componentes nutricionais no
contexto da saúde individual e na relação com a doença de Alzheimer. A metodologia adotada
incluiu uma pesquisa bibliográfica qualitativa e descritiva, baseada em fontes como livros, sites e
artigos científicos, com um recorte temporal que abrange os últimos quinze anos de pesquisas sobre
o tema. As discussões decorrentes dos resultados indicam que os alimentos funcionais, que incluem
o ômega 3, têm demonstrado contribuir para a manutenção do funcionamento cerebral,
promovendo melhorias na memória e nos aspectos cognitivos. É importante ressaltar que a
pesquisa nessa área é contínua e necessária, especialmente no que se refere ao estudo do cérebro
humano, dado seu caráter complexo.
PALAVRAS-CHAVE: Alimentos Funcionais. Alimentos Nutricionais. Saúde Física e Mental.
Doença do Alzheimer.
RESUMEN: El escenario brasileño ha mostrado un aumento significativo de los casos de
enfermedades crónicas no transmisibles, como la obesidad, la hipertensión, la osteoporosis, la
diabetes mellitus, el cáncer y las condiciones que afectan a la pérdida de memoria, como la
enfermedad de Alzheimer. El objetivo de este estudio es analizar y discutir la relevancia de los
alimentos funcionales y sus componentes nutricionales en el contexto de la salud individual y en
relación con la enfermedad de Alzheimer. La metodología adoptada incluyó una investigación
bibliográfica cualitativa y descriptiva, basada en fuentes como libros, sitios web y artículos
científicos, con un marco temporal que abarca los últimos quince años de investigación sobre el
tema. Las discusiones derivadas de los resultados indican que los alimentos funcionales,
incluyendo los omega 3, han demostrado contribuir al mantenimiento de la función cerebral,
promoviendo mejoras en la memoria y en aspectos cognitivos. Es importante destacar que la
investigación en este ámbito es continua y necesaria, especialmente en lo que se refiere al estudio
del cerebro humano, dada su naturaleza compleja.
PALABRAS CLAVE: Alimentos Funcionales. Alimentos Nutritivos. Salud sica y Mental.
Enfermedad de Alzheimer.
Maria Luiza MARIANO and Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 3
Introduction
Functional nutrition is a widely discussed and debated topic within the realm of
healthcare professionals and among those who seek a healthier and more balanced approach to
their well-being. However, it remains in a phase of analysis and investigation by the science of
food. For a better understanding, functional foods are defined as nutrients, foods, or ingredients
that can contribute to health promotion by reducing the risks of chronic or degenerative diseases
that affect our bodies. Furthermore, a natural and healthy diet offers numerous benefits. On the
other hand, the hectic lifestyle of modern times has led many people to opt for instant
preparation foods, such as "fast food." These dietary choices have contributed to the increase
in obesity statistics and the emergence of symptoms of metabolic diseases. This is due to the
lack of nutritious and healthy eating and sedentary behavior, which are striking characteristics
of modern life and are associated with high-stress levels.
Functional foods contain bioactive components capable of modulating the body's
physiology, contributing to the maintenance of physical and mental health. Currently, nutrition
plays a crucial role in the development of balanced diets and maximizing healthy nutritional
intake, acting in disease prevention and health promotion. It is important to emphasize that
functional foods should not be considered substitutes for medications, but their fundamental
nutritional functions benefit people's health. They play an essential role in preventing and
reducing the risk of various diseases. Therefore, besides providing academic and practical
guidance to nutrition professionals, it is necessary to understand that dietary re-education,
focusing on prevention, can contribute to avoiding impacts on physical and mental health. The
balanced use of functional foods can be a valuable strategy in this process, highlighting the
importance of these foods for health and their role in people's daily lives.
The effects of functional foods have been the subject of study, being identified as having
satisfactory outcomes directly related to various pathologies, such as hypertension, cancer,
diabetes, bone diseases, Alzheimer's disease, and cardiovascular, inflammatory,
gastrointestinal, and intestinal conditions. This occurs not only based on individual physical
patterns but also considering mental patterns, thus transcending the mere visceral activity of the
body. Various factors can impair the quality of life and overall health, and awareness of the
importance of healthy foods is one of the initial steps in promoting good health. Therefore, the
research problem addressed in this study is investigating whether adopting functional nutrition
offers and contributes to health promotion, resulting in significant improvements in a person's
Functional Foods: Prevention and health impacts in individuals and its relationship with Alzheimer's disease
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 4
overall health. To what extent does knowledge and practice of functional nutrition ensure
physical and mental well-being, and what is the relationship between this and Alzheimer's
disease?
The general objective of this research is to study and discuss the importance of
functional nutrition and the influence of its nutrients on people's health and its relationship with
Alzheimer's disease. The specific objectives of this study encompass the following aspects: to
conceptualize functional nutrition, to understand the factors and conceptions aimed at
promoting individual health, to identify classifications and active compounds that contribute to
physical and mental health, and to list strategies related to functional foods for physical and
psychological well-being, as well as their relationship with Alzheimer's disease.
This research is necessary so that, based on theoretical foundations, a better
understanding of the functionality of functional foods can be achieved as an integral part of the
lives of individuals pursuing a healthy lifestyle. It is paramount that people prioritize prevention
over treatment. Drawing from various sources in the field, this research contributes to the notion
that functional nutrition plays a significant role in pursuing physical and mental health.
However, the population often remains unaware of the preventive effects of a healthy, practical
diet, let alone what functional nutrition signifies in an individual's life.
Therefore, this research assumes primary relevance, particularly concerning the
education of nutritionists, who can rely on solid scientific knowledge to guide individuals
toward more beneficial habits and raise awareness about the importance of such behavior
changes, promoting the adoption of healthy habits. Furthermore, this research holds social
significance by positively impacting people's outlook on life, improving the population's
lifestyle, resulting in individuals with better physical health and, consequently, more balanced
mental health. It also plays a crucial role in the academic community, providing a solid
scientific foundation that can support future research, simultaneously promoting the "functional
inclusion" of families and expanding the research field through the production of additional
articles and investigations.
The type of research conducted corresponds to a Literature Review in an integrative
manner, wherein books, dissertations, and selected scientific articles were researched through
data sources. It is a bibliographic, qualitative, and descriptive research based on books,
websites, and scientific articles, with discussions by authors addressing the researched topic
and presenting relevant studies on the importance of functional nutrition for individual health.
The temporal scope encompasses the last fifteen years in articles, including more classical
Maria Luiza MARIANO and Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 5
authors within this period. The descriptors or keywords for data source searches are: functional
nutrition, healthy foods, physical and mental health, and Alzheimer's disease. The inclusion
criteria for this research are studies relevant to the specified period that address functional
nutrition for the individual as a whole. The exclusion criteria pertain to studies that do not fit
the items in the methodology description.
In the following sections, three chapters developed based on the researched studies and
related to the research objectives will be presented. The first chapter addresses conceptualizing
functional foods and factors or concepts related to personal health. The second chapter discusses
classifications and active compounds that enhance physical and mental health. The third and
final chapter deals with the prevention and impacts of functional foods on physical and
psychological health and their relationship with Alzheimer's disease. Finally, final
considerations will be presented, bringing forth relevant insights studied in this research and
the references that guided this study.
Conceptualization of functional foods and understanding factors and concepts of personal
health
The reality experienced by most individuals prompts reflections on the type and quality
of the food they incorporate into their daily routines, as choices play a fundamental role. In
addition to dietary choices, there is also an observed shift in certain habits, such as an increase
in dining out, previously considered occasional but now occupying a significant space in family
dynamics and the lives of those who work outside the home, encompassing both workdays and
weekends. This current scenario characterizes the Brazilian reality, which has adopted a form
of nutrition marked by fast meals, commonly known as "fast food." These meals away from
home have become standard practices for many families, replacing traditional homemade
lunches. This lifestyle has led to nutritional deficits, as choices often gravitate toward processed
foods, instant preparations, and foods high in fried content, usually prepared in communal
settings (MORAES; COLLA, 2006).
The high incidence of inadequate dietary habits is directly related to individuals'
lifestyles, and this reality has undergone recent transformations, which are reflected in weight
gain and mood alterations that affect both physical and mental health. These changes are
influenced by a series of determinants, such as environmental, sociocultural, behavioral, and
physiological factors, as well as sensory stimuli. All these elements directly impact eating
Functional Foods: Prevention and health impacts in individuals and its relationship with Alzheimer's disease
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 6
behaviors and, consequently, an individual's health. For these reasons and others, the discussion
surrounding the shift in dietary habits, emphasizing components capable of serving as
preventive and homeostatic measures in both physical and mental well-being, is prominent in
society.
Distinctions can be made between the concepts of functional foods and nutraceuticals.
According to Moraes and Colla (2006), functional foods produce beneficial effects on people's
health, going beyond essential nutritional functions, as they contain biologically active
components or substances found in particular nutrients. As for nutraceuticals, as the same
source continues, they result from the combination of the terms "nutrition" and
"pharmaceutical" and refer to the study of phytochemical components present in foods.
The introduction of functional foods began in Japan during the 1980s when notions
about these foods and their usage spread. The Japanese started recognizing the physiological
functionality of these foods and their nutritional nature. They deemed them specific for health
promotion, and this perception correlated with the increase in the life expectancy of the
Japanese population (MORAES; COLLA, 2006). Due to this increase and the concern for the
health and longevity of the Japanese, a government program encouraged the population to adopt
a new approach to foods, attributing to them "medicinal" properties and promoting them as
functional foods aimed at promoting health.
In Raud's research (2008), relevant confirmations are also provided regarding the key
factors that explain the success of functional foods in people's daily lives.
Functional foods, which promise to aid in treating or preventing diseases, are
the latest trend in the thriving food market in the early 21st century. Yogurts,
margarines, fermented milk, cereals, mineral waters, and so forth promise to
assist in treating or preventing diseases. These are key factors explaining the
success of functional foods, with a growing concern for health and well-being
and regulation changes leading to a significant revitalization of the dairy
product market (RAUD, 2008, p. 85, our translation).
Functional foods are nutrients or non-nutritive substances associated with beneficial
effects on human health. However, the concept that functional nutrition is considered food
capable of promoting an individual's well-being is accepted in the United States, Europe, and
Brazil. It is important to emphasize that, first and foremost, these foods should present essential
nutritional functions and subsequently offer preventive procedures and other health benefits.
According to Santos et al. (2012) supported by scientific evidence, functional foods have
Maria Luiza MARIANO and Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 7
become a new trend in the market, establishing an intrinsic relationship between nutrition and
health.
Health-conscious consumers are increasingly seeking functional foods to
improve their health and well-being. In recent years, the development of new
technologies, especially in biotechnology and food processing, has enabled
the food industry to create new products, considering the prospects of gains in
this area (SANTOS et al., 2012, p. 2, our translation).
In this regard, individuals concerned about health observe the high incidence rates of
diseases, as indicated by the World Health Organization (WHO) and Health Surveillance
Agencies. In this context, the emergence of studies on functional foods has brought about an
understanding of their impacts, characterized by producing physiological or metabolic effects
to prevent certain diseases or maintain human body functions.
Their effects have been primarily studied in conditions such as cancer,
diabetes, hypertension, Alzheimer's, bone, cardiovascular, inflammatory, and
intestinal disorders. For functional foods to be effective, their regular
consumption is necessary, coupled with an increased intake of fruits,
vegetables, whole grains, meat, soy milk, and foods rich in omega-3 (VIDAL
et al., 2012, p. 44, our translation).
Regular consumption of functional foods can benefit the body, contributing to optimized
performance, which is reflected in a significant improvement in the immune system protection
of those who consume them in their daily routine. The chemical composition of these foods, as
highlighted by researchers Vital et al., (2012), is classified based on their origins and
components, divided between natural and artificial. In the search for components that meet the
objectives of this research, it is imperative to prioritize elements of natural origin. We cannot
ignore that products made with functional ingredients represent a remarkable advancement in
the food industry.
Functional foods can be found for human consumption in natural and artificial.
Specialized and authorized companies manufacture the latter. Natural forms
include foods that contain fatty acids (linoleic, omega-3 and 6, and limonoids),
fibers, probiotics (lactobacilli and bifidobacteria), phenolic compounds
(resveratrol, isoflavone, and zeaxanthin), and carotenoids (beta-carotene,
lycopene, lutein) (VIDAL et al., 2012, p. 50, our translation).
In contemporary society, it is increasingly common to observe the emergence of
symptoms such as fatigue, mood swings, and others, which often lead to the development of
diseases of various origins. Such signs and health conditions are primarily attributed to the
lifestyle individuals adopt. According to the citation below, the authors emphasize that many
Functional Foods: Prevention and health impacts in individuals and its relationship with Alzheimer's disease
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 8
chronic diseases have become more prevalent in our society due to dietary patterns and lack of
physical activity, as presented by Silva et al. (2016).
The Brazilian scenario reflects increased non-communicable chronic diseases
(NCDs) such as obesity, systemic arterial hypertension, osteoporosis, diabetes
mellitus, and cancer. It is estimated that NCDs are responsible for 72% of
deaths in Brazil, affecting the population of all social classes but more
pronounced in groups with lower education, income, and the elderly. As a
result, concern for food quality becomes a priority for the population, leading
them to adopt dietary patterns that promote health improvements (SILVA et
al., 2016, p. 134, our translation).
Other countries mentioned in their research include the United Kingdom and the United
States, which have also defined functional foods as primarily nutritious and containing
substances that promote health. Around 1991, claims related to disease risk reduction for certain
foods became permissible in the United States, provided they were supported by scientific
evidence and followed the consensus of qualified researchers. In Europe, permission for the
marketing of functional foods began in 1996 when a European Commission was created to
regulate this category of foods. From the perspective of health and science, functional nutrition
plays a crucial role in growth, development, and differentiation, acting as a metabolic substrate
and reducing the incidence of diseases, among other benefits (GIUNTINI, 2018).
In their research, Vieira and Pierre (2018) highlighted that a balanced diet can offer
individuals health benefits, preventing chronic diseases. Their investigations, conducted
through a literature review and systematic research from data sources, led to these conclusive
findings:
The food industry is in a constant process of transformation. Functional foods
are still considered "new foods" due to the lack of research and consumption
history. This necessitates new theoretical and practical studies on the
technologies surrounding this type of food. However, there is already
substantial evidence that a proper and balanced diet can prevent various
diseases, including cancer and vascular diseases (VIEIRA; PIERRE, 2018, p.
8, our translation).
After a comparative analysis of various sources and authors attesting to the effectiveness
of functional foods, particularly emphasizing their remarkable success in the early 21st century,
a widespread lack of knowledge about their functionality and even their conceptualization still
exists. This limits the dissemination of these foods in society, depriving many individuals of
the benefits they could provide regarding well-being. More excellent promotion and awareness
Maria Luiza MARIANO and Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 9
on the subject could result in improved health outcomes, as many diseases related to sedentary
lifestyles and poor dietary habits could be prevented.
After examining the definitions and perspectives of various authors in their research on
functional foods, it is pertinent to address how claims about these foods are regulated in Brazil.
In the country, claims about functional foods are governed by laws that recognize both nutrients
and non-nutritive substances with functions related to growth, development, health
maintenance, and disease prevention (GIUNTINI, 2018).
Around 1999, four promulgated resolutions established the basis for regulating
functional foods. These are: RDC No. 16/1999A1; RDC No. 17/1999; RDC No. 18/1999 e
RDC No. 19/1999. ANVISA recognized these four resolutions that deal with legislation on
functional foods, and with the implementation of these laws approved in 1999 (BRASIL, 1999a;
1999b; 1999c; 1999d), a regulatory framework was established.
Subsequently, in 2002, RDC No. 02/2002 approved the Technical Regulation for
bioactive substances and isolated probiotics with claims of functional and/or health properties
(BRASIL, 2002). In the current context of Brazil, approximately 20 components (nutrients and
non-nutrients) have approved applicable claims. However, the list is subject to changes due to
continuous advances in scientific research. Therefore, it is paramount to stay updated by
regularly consulting ANVISA's website (GIUNTINI, 2018).
In Brazil, ANVISA determines that a functional food must have active and
health-related properties. The first property is related to the metabolic or
physiological role that the nutrient or non-nutrient plays in the human body's
growth, development, maintenance, and other normal functions. The second
property states, suggests or implies a relationship between the food or
ingredient and a disease or health-related condition (BRASIL, 1999 apud
CAÑAS; BRAIBANTE, 2019, p. 2017-2018, our translation).
There is still no global consensus to define functional foods, and various terms are used
interchangeably, such as nutraceuticals, nutritional foods, medicinal foods, "Vitafoods
3
,"
fortified foods, and dietary supplements. The topic has been the subject of extensive research
and study in Brazil and worldwide as a possibility for enhancing physical and mental health. In
the next section of this study, classifications and compounds with the potential to improve or
promote physical and psychological health will be presented.
3
A company with extensive experience serving the food and beverage industries, providing comprehensive
support in developing new products.
Functional Foods: Prevention and health impacts in individuals and its relationship with Alzheimer's disease
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 10
Classifications and functional compounds that enhance physical and mental health
Functional foods and their compounds can be classified in two ways: by source, which
can be of natural origin, whether plant, animal, or microbial. According to researcher Giuntini
(2018), in addition to the mentioned sources, plant-based ones are also considered functional,
such as non-carotenoid terpenoids, organosulfur compounds, phenolic compounds, phenolic
acids, lignans, phytosterols, polyols. These active compounds can be found in foods such as
soy, tomatoes, cruciferous vegetables, flaxseeds, garlic, citrus fruits, green tea, dark red
grapes/red wine, oats, and prebiotics (such as fructans, resistant starch, and lactulose), all of
them playing a relevant role in promoting physical and intestinal health. Research conducted
by Carvalho et al. (2006) emphasizes that vegetables not only offer benefits to the body but
also can act as preventive agents for chronic diseases.
Epidemiological studies conducted in animals have shown that specific
components of fruits and vegetables can prevent cancer and coronary diseases
directly or through complex interactions with the body's metabolic and
molecular processes. These studies led the United States Food and Drug
Administration (FDA) to approve claiming that such foods benefit health.
According to ADA Reports (1999), the recommended intake of fruits and
vegetables is five to nine servings (cup, unit, or average slice) per day
(CARVALHO et al., 2006, p. 398, our translation).
Next, we have probiotics, which consist of live microorganisms of specific strains
whose function is to maintain the intestinal microbiota balance. These microorganisms are
found in fermented milk, yogurts, and other dairy products, playing a fundamental role in
favoring gastrointestinal functions and reducing the risk of constipation and colon cancer.
Regarding omega-3 and omega-6 fatty acids, attention is focused on their relevance in
the prevention and impacts on physical and mental health. As Mancini Filho (2015) observed,
fatty acids present in triglycerides can be classified as saturated and unsaturated. Among
unsaturated fatty acids, polyunsaturated ones have more than one double bond in their structure
and are considered essential for the human body. An example is the fatty acids of the linoleic
acid family. Omega-3 fatty acids, on the other hand, are characterized by the presence of double
bonds in their molecular structure.
The presence of these fatty acids in the body is related to reducing blood
viscosity, increasing relaxation of the endothelium of coronary arteries, and
being associated with the upregulation of genes involved in homeostasis
regulation, such as the enzyme 7-alpha-hydroxylase, the type B1 scavenger
receptor, and the LDL receptor (MANCINI FILHO, 2015, online, our
translation).
Maria Luiza MARIANO and Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 11
According to Cañas and Braibante (2019), functional foods can be classified based on
the bioactive components these foods possess, considering their chemical structure,
characteristics, properties, and the health benefits they provide. Some examples of these
substances include carotenoids, flavonoids, unsaturated fatty acids, omega-3 and omega-6, and
dietary fiber.
Functional foods of plant origin can be classified based on these bioactive components.
Firstly, carotenoids are highlighted, such as beta-carotene, lycopene, and lutein, which are
natural pigments found in plants, flowers, and fruits with a wide range of colors, ranging from
yellow to more vibrant shades like red. These carotenoids can be found in foods such as
tomatoes, red guava derivatives, red bell peppers, watermelon, green leafy vegetables, corn,
papaya, and others. These substances offer various benefits to physical and mental health,
including reducing cholesterol levels, the risk of certain types of cancer, protection against
muscle degeneration, and acting as antioxidants (CAÑAS; BRAIBANTE, 2019).
Another important class is flavonoids, phenolic compounds primarily identified in
vegetables. They possess antioxidant, vasodilatory, and anti-inflammatory properties that
benefit people's health. As highlighted by authors Cañas and Braibante (2019) in their research
on these components and characteristics:
According to their chemical and biosynthetic characteristics, these compounds
are classified as: anthocyanins, flavanols, flavanones, flavones, flavonols, and
isoflavonoids. Anthocyanins are the substances responsible for giving a blue
or red color to plant-based foods (CAÑAS; BRAIBANTE, 2019, p. 219, our
translation).
Functional foods of animal and microbial origin can be found in fish and fish oils, such
as sardines, salmon, tuna, anchovy, and vegetable oils like olive oil. As highlighted by authors
Cañas and Braibante (2019), flaxseeds and walnuts also belong to functional foods of animal
origin, performing functions such as reducing LDL cholesterol, anti-inflammatory action, and
essential contributions to developing the brain and retina in newborns.
Another substance mentioned is chitosan, an animal-based fiber that can improve
plasma cholesterol levels. Among dietary fibers, beta-glucan stands out and can be found in
whole grains such as oats, rye, and barley, as well as in legumes like soybeans, peas, and beans,
along with vegetables, fruits with skins, and stems. These fibers are essential in reducing the
risk of colon cancer and improving bowel function (CAÑAS; BRAIBANTE, 2019).
Functional Foods: Prevention and health impacts in individuals and its relationship with Alzheimer's disease
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 12
Additionally, it is essential to mention two substances negatively associated with
dementia, copper and aluminum. It is believed that these elements may contribute to the
progression of the pathological process of Alzheimer's Disease (AD). On the other hand,
substances with anti-inflammatory properties are of great interest in this field of research,
considering the neuroinflammation present in the disease. An example is docosahexaenoic acid
(DHA), which has been shown to have anti-amyloid bioactivity and cholesterol reduction
capacity, a factor associated with the risk of AD, in addition to exerting neuroprotective activity.
The primary foods rich in omega-3 include deep-sea fish such as cod, shark, tuna, and
salmon. In addition to fish, flaxseed is an excellent source of omega-3. The term "omega" is
often used to indicate the position of the carboxylic bond, as stated by Cañas and Braibante
(2019) in their studies. They further emphasize that these combinations for the formation of
omega-3 and omega-6 are essential and indispensable for various functions in the body,
especially in brain biological functions, such as the constitution of cell membranes and the
transmission of synaptic impulses and neuronal connections.
After this classification of functional foods and the emphasis placed on foods that can
influence brain function and are considered indispensable for the body, the next chapter will
address components related to Alzheimer's disease and overall health.
Prevention and Impacts of Functional Foods on Physical and Mental Health and their
Relation to Alzheimer's Disease
When addressing the prevention and impacts of functional foods on chronic diseases
(physical) and diseases that affect cognitive functions and memory (mental), it can be affirmed
that much of what we consume can play a preventive role closely related to our daily habits.
These habits encompass both dietary choices and the inclusion of supplements, as well as
physical activity. This relationship has shown beneficial results for the body and its overall
well-being.
It is important to understand that in the human body, these habits work in an
interconnected manner, as many visceral activities are interrelated and affect one another. For
example, intestinal microbiota impacts a person's mental health, and this interconnection
influences the immune and central nervous systems. Therefore, foods play a fundamental role
as a means of protection and prevention for the body. However, it is crucial to emphasize that
these foods should not be used in isolation or as substitutes for treating established diseases.
Maria Luiza MARIANO and Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 13
They can, however, complement a change in habits and lifestyle. Polyunsaturated fatty acids,
such as omega-3 and omega-6, play essential roles in the development and functioning of the
brain and retina (MARTIN et al., 2006).
Lipid components, especially fatty acids, are present in various life forms,
performing important functions in the structure of cell membranes and
metabolic processes. Linoleic and alpha-linolenic acids are necessary in
humans to maintain cell membranes, brain functions, and nerve impulse
transmission under normal conditions. These fatty acids also participate in the
transfer of atmospheric oxygen to the bloodstream, hemoglobin synthesis, and
cell division, and they are called essential because they are not synthesized by
the body from fatty acids derived from de novo synthesis (MARTIN et al.,
2006, p. 762, our translation).
When addressing topics related to brain functions and nerve impulse transmission,
which involve synapses and the entire mechanism that supports neuronal functioning, it is
assessed regarding overall mental health's cerebral functioning. This is intrinsically linked to
issues such as depression and diseases that affect individuals' executive and cognitive functions,
including an illness that currently concerns many people due to its high incidence rates and
impact on mental health: Alzheimer's disease. Alzheimer's is the leading cause of dementia,
comprising a set of brain disorders resulting in the loss of intellectual and social abilities. In
this disease, brain cells degenerate and die, leading to a progressive decline in memory and
mental function.
According to Armentano et al. (2009), the aging process is associated with deficits in
episodic memory and the control of neuropsychological functions, primarily related to reduced
information processing, attention, inhibitory processes, and cognitive flexibility. These deficits
are explained by the hypothesis of aging of the frontal system and the losses that occur with
advancing age.
As for Alzheimer's disease, the consumption of omega-3 brings benefits to mental
health, as they control blood pressure and have an anti-inflammatory effect, helping with many
conditions of metabolic syndrome, autoimmune diseases, PMS symptoms, mood, and other
common symptoms in modern life. Omega-3 consumption has been shown to contribute to
maintaining brain function improving memory and cognitive aspects. In addition, B-complex
vitamins, such as B12, folic acid, and B6, play an important role in treating Alzheimer's disease,
as they are related to reducing homocysteine levels in the human body.
Among the main functions of fatty acids (FA) are energy storage and
participation as structural components of cell membranes. Moreover, they are
Functional Foods: Prevention and health impacts in individuals and its relationship with Alzheimer's disease
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 14
precursors of substances like prostaglandins (which act on smooth muscle
contractility and modulation of hormonal signal reception (GIUNTINI,
2018, p. 85, our translation).
In most human diets, fatty acids (FAs) containing EPA and DHA are primarily found in
fish, such as mackerel, sardines, and salmon, as well as in many dietary supplements. They can
also be found in other types of functional foods that are considered sources of fatty acids.
Phytosterols occur naturally in cereals, oilseeds, and legumes and are mainly
found in the oils of these plants, with higher concentrations in soybean,
sunflower, and canola oils. They are also present in vegetables and fruits but
in much smaller quantities. These compounds can be isolated for addition to
products, which can then make functional claims (GIUNTINI, 2018, p. 87,
our translation).
When referring to Alzheimer's disease, one cannot ignore specific correlations with the
increase in LDL cholesterol, as it affects cardiovascular problems and directly impacts brain
processes. The consumption of trans fats causes this, as studies indicate that elevated LDL
cholesterol levels increase the risk of developing Alzheimer's with aging. However, the
National Health Surveillance Agency (BRASIL, 1999c) has determined the prohibition of trans
fats by the food industry and has established that by 2023, these substances must be reduced in
their products. Trans fats are found in ice cream, cookies, microwave popcorn, margarine, and
other products. Because these foods increase LDL cholesterol levels and are harmful to human
health, it is advisable to avoid them to prevent adverse impacts on overall health.
Therefore, investing in fatty acids and seeking healthier foods is still the best preventive
solution for various diseases, including Alzheimer's. In the case of this Alzheimer's research,
investing in omega-3 fatty acids, such as EPA (eicosapentaenoic acid) and DHA
(Docosahexaenoic Acid), is highly recommended. DHA, in particular, is an essential nutrient
for the brain, as about 60% of the brain is composed of fat, and approximately 20% of that fat
is DHA. Several studies have shown a positive relationship between DHA supplementation and
increased resilience of neurons, as well as improved cognitive capacity.
The omega-3 fatty acids EPA and DHA are found in cold and deep-sea fish
(e.g., mackerel, sardines, salmon). ALA (alpha-linolenic acid) is mainly found
in soybean, canola oils, and flaxseed; ALA can be converted into EPA and
DHA but in low percentages. The recommended intake is approximately 1.0
g/day. Phytosterols are mainly found in oilseeds and legumes, especially in
soybean, sunflower, and canola oils. There are dairy products with added
phytosterols. The recommended intake is approximately 2.0 g/day
(GIUNTINI, 2018, p. 88, our translation).
Maria Luiza MARIANO and Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 15
Fatty acids have been extensively studied and analyzed to improve people's quality of
life, prevent chronic diseases, and reduce the risk of dementia, such as Alzheimer's disease. The
Ministry of Health recommends an ideal consumption of at least twice weekly to benefit health.
Omega-3 fatty acids can significantly reduce the risk of Alzheimer's disease, providing benefits
for physical and mental well-being.
Alpha-linolenic acids (ALA), of plant origin, are components of omega-3 and cannot be
synthesized by mammalian tissues, so they must be obtained exclusively through diet. Since
our bodies cannot produce them, it is essential to incorporate them into our diet. On the other
hand, docosahexaenoic acid (DHA) and eicosapentaenoic acid (EPA), of animal origin, are
bioactive compounds found in marine fish and are already in the active form for our body,
providing various health benefits (GIUNTINI, 2018).
For Giuntini (2018), during the aging process, a decrease in omega-3 biomarkers in the
brain is observed, as well as brain changes such as memory loss and cognitive function decline.
In this context, a reduction in the amount of DHA in the hippocampus, the area responsible for
memory, is noted. Studies show that aging is associated with a decrease in DHA, which, in turn,
impacts the occurrence of the disease. Brain damage prevents the formation of new memories,
which is why supplementation should be considered. However, this supplementation should be
adopted preventively, meaning it should not be started only at seventy years old but instead
considered from the age of forty or fifty, avoiding the manifestations of early symptoms and
signs (GIUNTINI, 2018).
In addition to these considerations related to Alzheimer's disease, omega-3 fatty acids
such as DHA also play a significant role as preventive supplements in various conditions, such
as autoimmune diseases, cardiovascular diseases, hypertension, metabolic disorders, asthma,
arthritis, intestinal inflammations, and offer additional benefits during pregnancy.
Seeking prevention through Immunonutrition diet therapy, based on interventions aimed
at protecting the immune system, provides many people with an alternative to improving their
quality of life. Almeida et al. (2020) highlight, in the context of the relationship between
Alzheimer's and omega-3, that the high concentration of DHA provides perfect fluidity to
plasma membranes, while B-complex vitamins play a fundamental role in neuronal function in
Alzheimer's disease. In this sense, their research on analyzing these components indicated
benefits for mental health, as several studies have shown that increasing DHA supplementation
promotes neuronal development satisfactorily.
Functional Foods: Prevention and health impacts in individuals and its relationship with Alzheimer's disease
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 16
Discussion of Results
This section presents a comparative table of authors and their approaches to the
proposed topic. The selection of articles was based on the inclusion of the analysis of functional
foods and Alzheimer's disease, resulting in the choice of four pieces to compose this research.
The identified authors are presented with the year of publication, the objective of their
respective articles, and the main results achieved. After the table's presentation, an analysis of
the results will be conducted, establishing connections between relevant points for formulating
conclusions related to the theme and resolving the research problem.
In the search for data sources, descriptors resulted in 17,600 articles related to the topic,
some addressing the disease and others dealing with functional foods. However, the selection
prioritized articles that encompassed both functional or nutritional foods and Alzheimer's
Disease, requiring that the title of such articles explicitly included the description of these two
themes. Several articles were excluded due to a lack of access, and international research was
discarded. The study focused mainly on national results and limited itself to articles published
in recent years, from 2016 to 2021, addressing the relevant topic to support the discussion of
the results.
Table 1 Research Articles Table 2021
Title
Objective
Main Results
Avaliação do estado
nutricional e consumo
alimentar em pacientes
com Doença de
Alzheimer
It is assessing the
nutritional status and
dietary intake of
Alzheimer's disease
(AD) patients in a
nursing home in the
city of São Paulo.
Vitamin E can be considered
a potentially effective
treatment for AD, exhibiting
significant variations in its
antioxidant function and
ability to enhance cognitive
functions. Supplementation
of folic acid, vitamin B12,
and B6 may reduce the risk
of cardiovascular disease,
stroke, and dementia by
lowering homocysteine
levels.
Nutrientes essenciais na
prevenção da doença de
Alzheimer
Discussing the
primary nutrients that
can aid in the
prevention of this
disease.
It can be stated that many
nutrients and foods may
contribute to reducing the
incidence of AD. However, it
is essential to emphasize that
this consumption should
occur throughout one's
lifetime and be combined
with a healthy diet.
Nutrição e Doença de
Alzheimer no idoso: uma
Investigating whether
diet and nutrition can
The studies and scientific
evidence presented above
Maria Luiza MARIANO and Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 17
revisão
contribute to the
prevention or delay of
Alzheimer's disease
progression.
show that a healthy diet plays
a protective role in brain
health.
A Doença do Alzheimer e
suas relações com
ômega-3 e as vitaminas
do Complexo B
Identifying, in the
scientific literature,
studies on
Alzheimer's disease
and its relationship
with omega-3 fatty
acids and B-complex
vitamins, considering
the benefits of these
micronutrients.
Studies on omega-3 fatty
acids indicate their potential
benefits for individuals with
Alzheimer's disease by
reducing markers of
inflammation.
Source: Elaborated by the authors.
In this way, the research analyzed and studied to address this topic indicates that
nutrition and functional foods, based on specific components and vitamins, can improve
physical and mental quality of life. However, the results of various studies and research relating
Alzheimer's disease (AD) to functional or healthy eating have provided positive insights into
people's lives. The survey conducted by Mendes et al. (2016), highlights the relevance of
vitamin D, folic acid, vitamin B12, B6, and omega-3 in the dietary composition of individuals
suffering from AD. Additionally, the study emphasizes the importance of a preventive approach
and maintaining a healthy diet.
Analyzing the research by Bigueti, Lellis and Dias (2018) it is evident that they point to
the prevention of AD through B-complex vitamins, vitamins C, D, and E, omega-3, and
selenium, all of which have shown positive results. On the other hand, Weber et al. (2019), in
their research, state that some vitamins and minerals are related to brain function and
maintenance. However, they emphasize that B-complex vitamins, selenium, omega-3 fatty
acids, EPA, DHA, and antioxidant vitamins such as A, C, and E have more significant potential
in the brain and neuron system, representing important points of prevention for the disease.
The studies by Almeida et al. (2020) on the other hand, claim that there is no cure for
Alzheimer's, but they emphasize that many research efforts reveal ways to prevent the disease
through a healthy diet. All the investigated authors agree that food and vitamins
comprehensively impact the human body. Unanimously, they assert that unhealthy eating and
lifestyle habits can harm an individual's quality of life and health.
Functional Foods: Prevention and health impacts in individuals and its relationship with Alzheimer's disease
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 18
Final Considerations
The search for this topic arose due to the interest of numerous individuals in making
changes to their dietary routines and seeking perspectives for a longer and healthier life.
Through investigations in the field of food sciences, opportunities have emerged to propose
changes that enable the promotion of people's health, which has significantly motivated the
study. According to the research, responses from scientific investigations were obtained,
yielding expected results indicating that functional foods contribute to improving health and
strengthening disease prevention measures that currently represent global concerns.
With this theme and the research objective aimed at studying and discussing the
importance of functional nutrition and all its nutrients in the context of people's health and their
relationship with Alzheimer's disease, it became possible to observe that various foods can
contribute to brain function and its connections. This underscores the relevance of adopting a
diet based on functional foods, cultivating healthy habits in terms of nutrition, and engaging in
non-sedentary physical activities. Exploring this theme made it evident that the impact of what
is consumed and ingested by the body is noteworthy. Equally notable is the observation that in
the aging process, there is a reduction in omega-3 biomarkers in the brain, which is correlated
with brain changes such as memory loss and cognitive function. Consequently, the decreased
amount of DHA in the hippocampus assumes significant importance, as this component (DHA)
becomes crucial for developing robust physical and mental health, as indicated by the research
results on the subject.
It was possible to confirm the research question regarding the relationship between
functional foods and the reduction of various diseases, including autoimmune, cardiovascular,
and Alzheimer's diseases. It is known that many more studies need to be conducted in this area,
especially those related to the human brain, given its complexity. Therefore, it is relevant to
highlight that several nutrients can positively correlate with the mitigation of AD. This leads to
the conclusion that healthy diets, which include increased consumption of vegetables, fruits,
probiotics, low or no alcohol consumption, adequate hydration, regular physical activity, and
foods rich in EPA and DHA, among others, can significantly contribute to reducing the risk of
developing Alzheimer's disease.
Even though the results are inconclusive, suggested lifestyle changes may offer
additional benefits related to weight reduction and maintenance, cardiovascular health, and
diabetes risk, and, importantly, do not entail harm. It is crucial to emphasize that no single food
Maria Luiza MARIANO and Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 19
item can replace others or should be consumed at the expense of others to prevent a specific
disease. Different foods provide distinct vital substances for health. Therefore, a varied diet is
essential.
Various research groups have extensively studied Omega fatty acids, resulting in
numerous advancements in nutritional recommendations related to their physiological
properties. In general terms, the development of this work and research itself has brought about
a more refined analysis. Functional foods do not represent a cure for diseases but can contribute
to the well-being and quality of life of individuals, as a combination of healthy and
recommended foods promotes homeostasis in visceral activity and the central nervous system
of the individual. In this regard, prevention through immunonutrition therapy, based on
intervention principles for protecting the immune system, offers many people an option to
pursue a higher quality of life.
Therefore, it is paramount to continuously conduct new research and analysis since
nutritional health is cyclical and must remain under constant investigation and research for new
approaches, aiming for future generations, given its scientific, social, and economic relevance
and impact on the quality of life.
REFERENCES
ALMEIDA, T. C.C.de et al. A Doença do Alzheimer e suas relações com Ômega 3 e as
vitaminas do complexo B Envelhecimento baseado em evidências tendência e inovações. In:
CONGRESSO INTERNACIONAL DO ENVELHECIMENTO HUMANO, 7., 2020,
Campina Grande. Anais [...]. Campina Grande, PB: Editora Realize, 2020.
ARMENTANO, C, G. C. et al. Study on the Behavioural Assessment of the Dysexecutive
Syndrome (BADS) performance in healthy individuals, Mild Cognitive Impairment and
Alzheimer’s disease A preliminary study. Dementia & Neuropsychologia, v. 3, n. 2, p. 101-
107, 2009.
BIGUETI, B.de C. P.; LELLIS, J.Z. de; DIAS, J. C. R. Nutrientes essenciais na prevenção da
doença de Alzheimer Revista Ciências Nutricionais Online, v. 2, n. 2, p. 18-25, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC
n. 16, de 10 de novembro de 1999. Dispõe sobre a alteração do Regimento Interno da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária e dá outras providências. Brasília: MS, ANVISA,
1999a. Available at:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/1999/rdc0016_10_11_1999.html.html.
Accessed in: 10 May 2021.
Functional Foods: Prevention and health impacts in individuals and its relationship with Alzheimer's disease
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 20
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC
n. 17, de 19 de novembro de 1999. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVS
aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de julho de 1999, c/c o § 1º do art. 95 do Regimento
Interno aprovado pela Resolução nº 1 de 26 de abril de 1999, em reunião realizada em 17 de
novembro de 1999 adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu Diretor-Presidente
determino a sua publicação. Brasília: MS, ANVISA, 1999b. Available at:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/1999/rdc0017_19_11_1999.html. Accessed
in: 10 May 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resoluções n. 18,
de 30 de abril de 1999. Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas
para análise e comprovação de propriedades funcionais e ou de saúde alegadas em rotulagem
de alimentos, constante do anexo desta portaria. Brasília: MS, ANVISA, 1999c. Available at:
https://www.saude.rj.gov.br/comum/code/MostrarArquivo.php?C=MjI0OQ%2C%2C.
Accessed in: 10 May 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC
n. 19, de 19 de novembro de 1999. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, no uso das atribuições que lhe confere o art. 11, inciso IV do Regulamento da
ANVS aprovado pelo Decreto 3.029, de 16 de abril de 1999, em reunião realizada em 17 de
novembro de 1999 [...]. Brasília: MS, ANVISA, 1999d. Available at:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/1999/rdc0019_19_11_1999.html. Accessed
in: 10 May 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC
n. 2, de 7 de janeiro de 2002. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária no uso da atribuição que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA
aprovado pelo Decreto n.º 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o § 1º do art. 111 do Regimento
Interno aprovado pela Portaria n.º 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22
de dezembro de 2000, em reunião realizada em 26 de dezembro de 2001 [...]. Brasília: MS,
ANVISA, 2002. Available at:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0002_07_01_2002.html. Accessed
in: 10 May 2021.
CAÑAS, G. J. S.; BRAIBANTE, M. E. F. A Química dos Alimentos Funcionais. Química e
Sociedade, v. 41, n. 3, p. 216-223, ago. 2019.
CARVALHO, P. G. B. de et al. Hortaliças como alimentos funcionais. Hortic. Bras.,
Brasília, v. 24, n. 4, p. 397-404, Dec. 2006.
GIUNTINI, E. B. Alimentos Funcionais. Londrina, PR: Editora e Distribuidora Educacional
S.A., 2018.
MANCINI FILHO, J. Ácidos graxos ômega 3: propriedades funcionais. Revista do
Farmacêutico, n. 121, São Paulo, abr./maio 2015.
Maria Luiza MARIANO and Nur El Hoda Ayoub TAHA
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 21
MARTIN, C. A. et al. Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e
ocorrência em alimentos Rev. Nutr., Campinas, v. 19, n. 6, p. 761-770, nov./dez. 2006.
MENDES, L. P. et al. Avaliação do Estado Nutricional e Consumo Alimentar em pacientes
com Doença de Alzheimer. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v.
14, n. 2, p. 502-515, ago./dez. 2016.
MORAES, F. P.; COLLA, L. M. Alimentos Funcionais e Nutracêuticos: definições,
legislação e benefícios a saúde. Revista Eletrônica de Farmácia, v. 3, n. 2, p. 109-122,
2006.
RAUD, C. Os alimentos funcionais: a nova fronteira da indústria alimentar análise das
estratégias do Danone e da Nestlé no mercado brasileiro de iogurtes. Rev. Sociol. Polít.,
Curitiba, v. 16, n. 31, p. 85-100, nov. 2008.
SANTOS, F. L. et al. Kefir: Uma nova fonte alimentar funcional? Diálogos e Ciência, v. 10,
n. 29, p. 1-14, 2012.
SILVA, A. C.C. et al. Alimentos Contendo Ingredientes Funcionais em sua Formulação.
Revisão de Artigos Publicados em Revistas Brasileiras. Revista Conexão Ciência, v. 11, n.
2, p. 133-144, 2016.
VIDAL, A. M. et al. A ingestão de alimentos funcionais e sua contribuição da incidência de
doenças. Cadernos de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde, Aracaju, v. 1, n. 15, p.
43-52, out. 2012.
VIEIRA, L. G.; PIERRE, F.C. Considerações sobre tendências e oportunidades dos alimentos
funcionais. In: JORNADA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA, 7., 2018, Botucatu. Anais [...].
BOTUCATU, SP: Faculdade de Tecnologia de Botucatu 2018.
WEBER, I. T. S. et al. Nutrição e Doença do Alzheimer no Idoso: uma revisão Estud.
interdiscipl. envelhec., Porto Alegre, v. 24, n. 3, p. 45-61, 2019.
Functional Foods: Prevention and health impacts in individuals and its relationship with Alzheimer's disease
Arq. Bras. Aliment., Bauru, v. 8, n. 00, e023002, 2023. e-ISSN: 2446-9262
DOI: https://doi.org/10.53928/aba.v8i00.5006 22
CRediT Author Statement
Acknowledgements: Not applicable.
Funding: Not applicable.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: Ethical approval was not required.
Data and material availability: The data and materials used in the study are available for
access.
Authors' contributions: Both authors were involved in the research, data collection,
analysis, writing, and revision of the article. Both, as nutrition students, carried out all
processes together.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.