Marco referencial da gastronomia como cultura no estado do Rio de Janeiro: o “mise-en-place ” para a gastronomia carioca está posto? Desdobramentos e perspectivas no âmbito da gastronomia e cultura para o Rio de Janeiro
Palabras clave:
Alimentação, cultura, políticas públicasResumen
A gastronomia é reconhecidamente um elemento integrante da cultura. No ano de 2015 foi lançado no Rio de Janeiro o Marco da Gastronomia como Cultura, de autoria do deputado Zaqueu Teixeira, com o objetivo de dar visibilidade e fortalecer os modos de vida e as práticas alimentares das populações tradicionais no Rio de Janeiro. O referido documento é um norteador das ações voltadas à gastronomia no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. Destacam-se dois elementos centrais de sua proposta: a visibilidade e o resgate da gastronomia local. Apesar das inúmeras políticas públicas para a alimentação existentes no Brasil, o Marco da Gastronomia como Cultura, tem seu foco na gastronomia e no seu direcionamento ao cenário carioca. A partir da análise da referida política pública, considera-se está uma importante iniciativa pública na promoção da culinária e da gastronomia no Estado do Rio de Janeiro, com importantes impactos para as áreas da cultura, turismo, economia e da pesquisa acadêmica. Espera-se que este ensaio possa contribuir para as discussões e avanços teóricos e práticos a partir do Marco da Gastronomia como Cultura.
Descargas
Citas
AZEVEDO, E. Alimentação, sociedade e cultura: temas contemporâneos. Sociologias, v.19, n.44, p.276-307, 2017.
AZEVEDO, M.; NETO, E. C. Turismo, Imagem Territorial e Gastronomia: o valor simbólico da culinária na atratividade de destinos turísticos brasileiros. Revista Acadêmica Observatório de Inovação do Turismo, v. 5, n. 2, p, 03-05, 2010.
BARHAM, E. Translating terroir: the global challenge of French AOC labeling. Journal of rural studies, v. 19, n. 1, 127-138, 2003.
BELO HORIZONTE. Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Relatório Final. Belo Horizonte: UFMG, 2011.
BRASIL. Alimentos regionais brasileiros. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
BRASIL. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. – Brasília: ministério da saúde, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de alimentação e nutrição. Brasília, 2012.
BRILLAT-SAVARIN. Jean-Antheime. A Fisiologia do Gosto. São Paulo, Companhia das Letras, 1995.
CAVALCANTI, P. A pátria nas panelas. História e receitas da cozinha brasileira. São Paulo: Senac, 2007.
FERNANDES, C.; MONTEIRO, S. Viagem gastronômica através do Brasil. Senac, 2001.
FROES, Luciana; ROLDÃO, Ana. Rio, Paisagem Gastronômica. Rio de Janeiro: Nau das Letras, 2016.
GIESBRECHT, Hulda Oliveira et al. Indicações geográficas. Brasília: SEBRAE, INPI, 2014.
GIMENES-MINASSE, Maria Henriqueta Sperandio Garcia. Notas sobre políticas públicas a respeito da gastronomia no contexto turístico brasileiro. Turismo e Sociedade, v. 9, n. 3, 2017.
GRANATO, A. Sabor do Brasil. Sextante Artes, 2011.
JIMÉNEZ-BELTRÁN, F. J.; LÓPEZ-GUZMÁN, T.; GONZÁLEZ, F. S. F. Analysis of the relationship between tourism and food culture. Sustainability, v. 8, n. 5, p. 01-11, 2016.
LIMA, R. S; NETO, J. A. F.; FARIAS, R. D. C. P. Alimentação, comida e cultura: o exercício da comensalidade. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, v. 10, n. 3, p. 507-522, 2015.
MACIEL, M. E. Uma cozinha à brasileira. Revista Estudos Históricos, v.1, n. 33, p. 25-39, 2004.
MINAS GERAIS. Decreto n. 47192, de 25 de maio. de 2017. Dispõe sobre a Política Estadual de Desenvolvimento da Gastronomia Mineira e dá outras providências, Belo Horizonte, MG, 2017.
MÜLLER, S. G.; AMARAL, F. M. A preservação dos saberes e fazeres gastronômicos por meio da articulação entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina e espaços culturais. Revista Thema, v. 9, n. 1, p. 01-14, 2012.
NETTO, A. P.; ANSARAH, M. G. dos R. (Eds.). Segmentação do mercado turístico: estudos, produtos e perspectivas. Manole, 2009.
PINTO, H. S.; SIMÕES, R. A. Cultura Alimentar como Patrimônio Imaterial da Humanidade: desafios e oportunidades para a gastronomia brasileira. Brasília: Núcleo de Estudos e Pesquisas/CONLEG/Senado, Abril/2016 (Texto para Discussão nº 195). Disponível em: . Acesso em 8 de jan de 2018.
RIO DE JANEIRO. Projeto de Lei Nº 1042/2015 de 10 de Outubro 2015. Estabelece, no Âmbito do Estado do Rio de Janeiro, O Marco Referencial da Gastronomia como Cultura e dá Outras Providências. Rio de Janeiro, RJ, dez 2015. Disponível em: <http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/scpro1519.nsf/18c1dd68f96be3e7832566ec0018d833/f332cf60e79e46aa83257ee60050aaa3?OpenDocument>. Acesso em: 11 jan. 2018.
RIO DE JANEIRO. Lei Nº 7180 de 28 de Dezembro 2015. Estabelece, no Âmbito do Estado do Rio de Janeiro, O Marco Referencial da Gastronomia como Cultura e dá Outras Providências. Rio de Janeiro, RJ, dez 2015. Disponível em: < http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/f25edae7e64db53b032564fe005262ef/06033f24c3697dab83257f31005b1d36?OpenDocument&Highlight=0,gastronomia>. Acesso em: 12 jan. 2018.
RIO DE JANEIRO. Lei Nº 7408 de 10 de Agosto de 2016. Instituir no Calendário Oficial do Estado do Rio De Janeiro, O Festival Macaé Cultura e Gastronomia. Rio de Janeiro, RJ, ago 2016. Disponível em: <http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/f25edae7e64db53b032564fe005262ef/c92c1986f6ac721683258020005fcfaa?OpenDocument&Highlight=0,gastronomia>. Acesso em: 12 jan. 2018.
RIO DE JANEIRO. Lei Nº 7252 DE 05 DE ABRIL 2016. Institui, no Âmbito do Estado do Rio de Janeiro, a Política Estadual de Incentivo e Fomento a Feiras Gastronômicas e à Comercialização de Alimentos em Trailers, Vans, Caminhões e Veículos Similares Conhecidos como “Food Trucks” e dá Outras Providências. Rio de Janeiro, RJ, abr. 2016. Disponível em: < http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/f25edae7e64db53b032564fe005262ef/4b2e72607947f91f83257f93005a799b?OpenDocument&Highlight=0,gastronomia>. Acesso em: 12 jan. 2018.
RIO DE JANEIRO. Lei Ordinária Nº 7595, de 23 de Maio de 2017. Dispõe Sobre a Inclusão de Cachaças Produzidas no Estado do Rio de Janeiro nas Cartas de Bebidas de Bares, Restaurantes e Hotéis. Rio de Janeiro, RJ, maio 2017. Disponível em: < http://leisestaduais.com.br/rj/lei-ordinaria-n-7595-2017-rio-de-janeiro-dispoe-sobre-a-inclusao-de-cachacas-produzidas-no-estado-do-rio-de-janeiro-nas-cartas-de-bebidas-de-bares-restaurantes-e-hoteis?q=restaurantes>. Acesso em: 12 jan. 2018.
RINALDI, C. Food and Gastronomy for Sustainable Place Development: A Multidisciplinary Analysis of Different Theoretical Approaches. Sustainability, v. 9, n. 10, 01-25, 2017.
ROTENBERG, S. et al. Oficinas culinárias na promoção da saúde. In: Diez-Garcia, R. W.; Cervatomancuso, A. M. (Coord.). Mudanças alimentares e educação nutricional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 327-334, 2012.
SILVA, J. K., et al. Alimentação e cultura como campo científico no Brasil. Physis-Revista de Saúde Coletiva, v. 20, n. 2, p.413-442, 2010.
UNESCO. Browse the Lists of Intangible Cultural Heritage and the Register of good safeguarding practices. 2018. Disponível em: <https://ich.unesco.org/en/lists>. Acesso em: 14 de jan. de 2018.
UNESCO. Creative Cities Network. 2018. Disponível em: <https://en.unesco.org/creative-cities/creative-cities-map>. Acesso em: 14 de jan. de 2018.
WTO - World Tourism Organization. Affiliate Members Report, Volume sixteen – Second Global Report on Gastronomy Tourism, UNWTO, Madrid, 2017.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
À Arquivos Brasileiros de Alimentação ficam reservados os direitos autorais pertinentes a todos os artigos nela publicados. A Arquivos Brasileiros de Alimentação utiliza a licença https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ (CC BY), que permite o compartilhamento do artigo com o reconhecimento da autoria.