Gastronomia, saber, sabor e inovação: estudo de caso do prato revirado
DOI:
https://doi.org/10.53928/aba.v4i1.3922Palabras clave:
História, Hábitos Alimentares, Comida, CulturaResumen
O presente estudo objetivou verificar a valorização da gastronomia tradicional e local enquanto patrimônio imaterial pela influência das etnias italiana, alemã, cabocla e polonesa na região oeste catarinense. Para tal, foi utilizado o estudo de caso qualitativo, adotando-se um enfoque descritivo e interpretativo acerca do projeto de extensão Patrimônio Gastronômico desenvolvido em uma universidade comunitária. Os dados foram obtidos por meio da aplicação de um questionário com questões abertas e fechadas, pela plataforma google forms. Inicialmente, foram feitas análises de conteúdo que oportunizaram verificar a contribuição do projeto Panorama Gastronômico como elemento cultural e de resgate da culinária herdada das etnias formadoras do oeste catarinense. Como resultado, este estudo identificou a criação do prato Revirado como uma tradução das raízes históricas e culturais, bem como seu caráter inovador na sua apresentação, ao contemplar elementos das etnias que influenciaram na cultura e identidade gastronômica da região.
Descargas
Citas
AGUIAR, E. P. S.; MELO, S. M. C. Um estudo da influência da cozinha internacional sobre a cozinha regional de Canoa Quebrada–CE. Revista de Turismo Contemporâneo, v. 6, n. 1, 2018. DOI: https://doi.org/10.21680/2357-8211.2018v6n1ID10761
ALVES, P. A.; MATTEI, L. F. Migrações no oeste catarinense: História e elementos explicativos. Anais, p. 1-20, 2016.
ANGEL, M. Q.; MENDOZA, D. M.; ANGEL, D. Q. The cultural transmission of food habits, identity, and social cohesion: A case study in the rural zone of Cali-Colombia. Appetite, v. 139, p. 75-83, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.appet.2019.04.011
BATAT, W.; PETER, P. C.; MOSCATO, E. M.; CASTRO, I. A.; CHAN, S.; CHUGANI, S.; MULDROW A. The experiential pleasure of food: A savoring journey to food well-being. Journal of Business Research, v. 100, p. 392-399, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2018.12.024
BENEMANN, N. W.; MENASCHE, R. Pitadas sobre tradição e inovação na cozinha contemporânea: por uma antropologia do cozinhar. Estudos Sociedade e Agricultura, p. 477-496, 2017. DOI: https://doi.org/10.36920/esa-v25n3-1
BRASIL – Ministério da Educação. Plano Nacional de Extensão Universitária. Brasília: Fórum de PróReitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras e SESu/MEC, Edição Atualizada, 2000/2001.
BRASIL – Ministério da Educação. Indissociabilidade ensino–pesquisa–extensão e a flexibilização curricular: uma visão da extensão. Fórum de PróReitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras e SESu/MEC. Porto Alegre: UFRGS. Brasília, 2006.
CASTRO, H. C.; MACIEL, M. E.; MACIEL, R. A. Comida, cultura e identidade: conexões a partir do campo da gastronomia. Ágora, v. 18, n. 1, p. 18-27, 2016. DOI: https://doi.org/10.17058/agora.v18i1.7389
COLLAÇO, J. H. L. Gastronomia: a trajetória de uma construção recente. Revista Habitus-Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, v. 11, n. 2, p. 203-222, 2013.
COUNIHAN, C. M. Food in Anthropology. 2001. DOI: https://doi.org/10.1016/B0-08-043076-7/00870-6
DIAZ, S. I. A. Food in Anthropology. 2015.
DÓRIA, Carlos Alberto. Formação da culinária Brasileira. São Paulo: Três Estrelas, 2014.
DORIGON, C.; RENK, Arlene. Técnicas e métodos tradicionais de processamento de produtos coloniais: de “miudezas de colonos pobres” aos mercados de qualidade diferenciada. Rev. de Economia Agrícola, v. 58, n. 1, 2011.
FERRACCIOLI, P.; SILVEIRA, E. A. A influência cultural alimentar sobre as recordações palatáveis na culinária habitual brasileira. Rev. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro 2010.
FLANDRIN, J. L.; MONTANARI, M. A história da alimentação. Paris: Fayard, 1996.
FOX, R. Reinventing the gastronomic identity of Croatian tourist destinations. International Journal of Hospitality Management, v. 26, n. 3, p. 546-559, 2007. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijhm.2006.03.001
FREITAS, Ú. S.; LEITE, D. T. B. S.; SOUZA, B. B.; CHAGAS, S. O.; DIAS, C. M. P. Criatividade e Inovação na Gastronomia: Subsídios para Empreender. In: Congresso de Gestão, Negócios e Tecnologia da Informação–CONGENTI. 2017.
GARCIA, R. W. D.; CASTRO, I. R. R. A culinária como objeto de estudo e de intervenção no campo da Alimentação e Nutrição. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, p. 91-98, 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000100013
GIMENES, M. H. S. G.; MORAIS, L. P. Os lugares da tradição e da inovação na culinária regional. Ateliê Geográfico, v. 6, n. 3, p. 148-162, 2012. DOI: https://doi.org/10.5216/ag.v6i3.21064
GOULART FILHO, A. A formação econômica de Santa Catarina. Ensaios FEE, v. 23, n. 2, p. 977-1007, 2002.
HEGARTY, J. A.; O’MAHONY, G. B.. Gastronomy: A phenomenon of cultural expressionism and an aesthetic for living. International Journal of Hospitality Management, v. 20, n. 1, p. 3-13, 2001. DOI: https://doi.org/10.1016/S0278-4319(00)00028-1
JADWISZCZAK, Gra?yna. Chapadão-um pedacinho da Polónia no Brasil. Studia Romanica Posnaniensia, v. 39, n. 4, p. 127-142, 2012. DOI: https://doi.org/10.14746/strop.2012.394.010
KATO, H. C. A; OLIVEIRA, L. S.; MACIEL, E. S.; FREITAS, A. A. A cozinha de fusão encontra o rio: peixes nativos amazônicos como alternativa para a culinária japonesa. Embrapa Pesca e Aquicultura-Artigo em periódico indexado (ALICE), 2016. DOI: https://doi.org/10.14210/at.v1n2.p97-114
LEONARDO, M. Antropologia da alimentação. Revista Antropos, v. 3, Ano 2, dez. 2009.
MARTIN, R. M.; LINDEMANN, I. L.; RAPHAELLI, C. O. Consumo alimentar e uso de preparações regionais por pessoas idosas: um estudo qualitativo. Revista Kairós: Gerontologia, v. 21, n. 2, p. 193-213, 2018.
MASCARENHAS, R. G. T.; GÂNDARA, J. M. G. O papel da gastronomia na qualidade e na competitividade dos destinos turísticos. CULTUR-Revista de Cultura e Turismo, v. 9, n. 1, p. 60-83, 2015.
MELO, J. M. A difusão gastronômica no espaço folkcomunicacional. Revista Internacional de Folkcomunicação, v. 9, n. 17, 2011.
MONACO, G. L.; BONETTO, E. Social representations and culture in food studies. Food research international, 2018.
MONTANARI, M. Comida como cultura. 2ª ed. Editora Senac São Paulo, 2013.
MOREIRA, S. A. Alimentação e comensalidade: aspectos históricos e antropológicos. Ciência e Cultura, v. 62, n. 4, p. 23-26, 2010.
MOSER, G. P.; PERINI, K. P. O Tradicional e o Contemporâneo: Florianópolis, Cidade Unesco da Gastronomia-Tradition and Contemporaneity: Florianópolis, Unesco’s City of Gastronomy. ROSA DOS VENTOS-Turismo e Hospitalidade, v. 8, n. 4, 2016. DOI: https://doi.org/10.18226/21789061.v8i4p510
MULLER, S. G.; AMARAL, F. M.; REMOR, C. A. Alimentação e cultura: preservação da gastronomia tradicional. SEMINTUR-VI Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul. Anais… Caxias do Sul: UCS, 2010.
OKTAY, Serdar; SADIKO?LU, Saide. The gastronomic cultures' impact on the African cuisine. Journal of Ethnic Foods, v. 5, n. 2, p. 140-146, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jef.2018.02.005
POLI, O. L. Camponeses no Oeste catarinense. Revista Cadernos do Ceom, v. 15, n. 14, p. 11-62, 2014.
PUERTO, C. B. D.; VIEIRA, M. F. Doces Tradicionais de Pelotas/RS: a Gastronomia como Atrativo Turístico e Fator na Construção da Identidade Cultural. RELACult-Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, v. 5, n. 4, 2019. DOI: https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1315
RADIN, J. C.; CORAZZA, G. Dicionário histórico-social do oeste catarinense. 2018. DOI: https://doi.org/10.7476/9788564905658
RADIN, J. C.; SILVA, C. M. ‘Like a vast barn’: perceptions of nature during the colonization of Western Santa Catarina (1916-1950). Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 13, n. 3, p. 681-697, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1981.81222018000300011
REINHARDT, J. C. História e alimentação: uma nova perspectiva. Revista Vernáculo, v. 1, n. 3, 2000. DOI: https://doi.org/10.5380/rv.v1i3.18070
RENK, A. A colonização do oeste catarinense: as representações dos brasileiros. Revista Cadernos do Ceom, v. 19, n. 23, p. 37-72, 2014.
ROCHA, R. M. Histórico da imigração polonesa na região metropolitana de Curitiba. Revista Eletrônica de Ciências Sociais, Juiz de Fora, ano 8, n. 19, p. 52-76, jan./jun. 2015.
RODRIGUES, S. G. G. A contemporaneidade da gastronomia ludovicense:(Cuxá) X Big Mac/Mac Donald na cultura, identidade e tradição. Revista Cambiassu. Universidade Federal do Maranhão–UFMA, n. 4, p. 311, 2008.
SANTILLI, J. O reconhecimento de comidas, saberes e práticas alimentares como patrimônio cultural imaterial. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, v. 10, n. 3, p. 585-606, 2015. DOI: https://doi.org/10.12957/demetra.2015.16054
SANTOS, C. R. A. A comida como lugar de história: as dimensões do gosto. História: questões & debates, v. 54, n. 1, 2011. DOI: https://doi.org/10.5380/his.v54i1.25760
SAVARIN, J. A. B. A fisiologia do gosto. Companhia das letras, 2019.
SIMANOVIC, T.; GOSEV, M. Is food more than a means of survival? An overview of the Balkan prison systems. Appetite, p. 104405, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.appet.2019.104405
TIMOTHY, D. J. Heritage cuisines: Traditions, identities and tourism. Routledge, 2015. DOI: https://doi.org/10.4324/9781315752525
TING, H.; TAN, S. R.; JOHN, A. N. Consumption intention toward ethnic food: determinants of Dayak food choice by Malaysians. Journal of ethnic foods, v. 4, n. 1, p. 21-27, 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jef.2017.02.005
TONEZER, C.; AMARAL, M. N.; CERVINI, S. F. M.; MARTINAZZO, M. R. Identidade gastronômica: patrimônio imaterial do oeste catarinense/Gastronomic identity: immaterial heritage of the catarinense west. Geografares, n. 25, p. 238-262, 2018. DOI: https://doi.org/10.7147/GEO25.17619
UNOCHAPECÓ. Programas/Projetos. Disponível em: https://www.unochapeco.edu.br/a-extensao/info/reas-tematicas-e-linhas-de-extensao. Acesso em: 15 set. 2019.
VALENTINI, D. J.; RADIN, J. C. Camponeses no sertão catarinense. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História-ANPUH, 2011.
WERLANG, Alceu. A colonização do Oeste Catarinense. Argos Editora Universitária, 2002.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Arquivos Brasileiros de Alimentação
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
À Arquivos Brasileiros de Alimentação ficam reservados os direitos autorais pertinentes a todos os artigos nela publicados. A Arquivos Brasileiros de Alimentação utiliza a licença https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ (CC BY), que permite o compartilhamento do artigo com o reconhecimento da autoria.